Torres de refrigeração da Central do Pego vão continuar a marcar a paisagem
Director-Geral da Endesa Portugal disse que as icónicas torres de refrigeração da Central do Pego, em Abrantes, não vão ser desmanteladas num futuro próximo aludindo aos riscos associados à sua demolição.
O director-geral da Endesa Portugal, Guillermo Soler, revelou que as torres de refrigeração da central do Pego, em Abrantes, que produziu energia a carvão até 2021 e que continua a produzir a partir do gás, disse que as mesmas “não vão ser desmanteladas” num futuro próximo tendo lembrado os riscos associados à sua demolição e que a central de ciclo combinado (a gás) continua ali a funcionar até 2036.
“As torres não vão ser desmanteladas no curto prazo pelo facto de termos o ciclo combinado ainda a funcionar e a demolição ser uma operação de risco”, afirmou Soler. “Vamos mantê-las e vão ser um ícone da região. De momento não vão ser desmanteladas”, reiterou Guillermo Soler durante a apresentação de um projecto de agro-negócio para recuperação de olival abandonado no concelho de Abrantes.
Depois do fecho da central térmica do Pego em 2021 a Endesa, através da sua filial Endesa Generación Portugal, venceu em 2022 o concurso público de transição justa do Pego com um projecto que combina a hibridização de fontes renováveis e o armazenamento naquela que será a maior bateria da Europa, com iniciativas de desenvolvimento social e económico.
O projecto prevê um investimento de 600 milhões de euros, a reconversão profissional de duas mil pessoas e a criação de 75 postos de trabalho directos, sendo que o compromisso é dar preferência e integrar os trabalhadores da antiga central a carvão. A Endesa é a maior eléctrica espanhola e a segunda na distribuição de gás em Espanha. Em Portugal, além da central do Pego, tem ainda projectos para geração de energia solar no Algarve e na barragem do Alto Rabagão (Montalegre).