Depósitos com matéria perigosa foram retirados da Fabrióleo
Mais de uma dezena de depósitos contendo líquidos contaminados foram esvaziados e removidos da antiga fábrica de transformação óleos, situada em Carreiro da Areia. Município diz que desmantelamento da ETAR onde permanecem mais de quatro mil metros cúbicos de matérias perigosas está para breve.
Os treze depósitos verticais que continham entre 80 e 120 metros cúbicos, cada, de matérias perigosas foram removidos da Fabrióleo, numa acção levada a cabo pelo administrador de insolvência antiga fábrica de transformação de óleos vegetais localizada em Carreiro da Areia, no concelho de Torres Novas. A informação foi dada na última reunião do executivo da Câmara de Torres Novas pelo presidente do município, Pedro Ferreira e o vereador com o pelouro do Ambiente, João Trindade, que destacaram o acompanhamento regular com o administrador de insolvência que permitiu tornar mais célere o processo de desmantelamento.
“Durante muitos anos o executivo camarário foi castigado, quase a dar a entender que pouco ou nada estávamos a fazer para a resolução da Fabrióleo”, afirmou o presidente do município, acrescentando que os resultados do interesse e acompanhamento do município já se está a reflectir com o desmantelamento dos 13 depósitos.
O próximo passo será a remoção, recolha, transporte e tratamento dos resíduos perigosos depositados na Estação de tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI), através do protocolo assinado a 6 de Março entre a Câmara de Torres Novas, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente e da Acção Climática. Sobre esta acção, o vereador João Trindade adiantou que está a ser finalizada a “documentação necessária para o lançamento do concurso internacional” para adjudicação dos trabalhos que visam a remoção de aproximadamente 4.200 metros cúbicos de líquidos que são perigosos e que têm que ser encaminhados para locais adequados.
*Notícia desenvolvida na próxima edição semanal de O MIRANTE