Sociedade | 14-06-2023 10:00

Câmara da Chamusca gastou mais de 100 mil euros em artistas na Semana da Ascensão

Câmara da Chamusca gastou mais de 100 mil euros em artistas na Semana da Ascensão
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Município presidido por Paulo Queimado (PS) deverá bater recorde de despesa na última edição da Semana da Ascensão na Chamusca

Os nove artistas que pisaram o palco principal da semana da Ascensão na Chamusca custaram mais de 100 mil euros aos cofres municipais. Acresce ainda os custos dos espectáculos musicais nos dois outros palcos do certame. Última edição da maior festa do concelho deverá bater recorde de investimento do município presidido por Paulo Queimado.

O palco principal da Semana da Ascensão na Chamusca recebeu nove artistas de música que custaram mais de 100 mil euros aos cofres municipais. Acresce a este valor os espectáculos de DJ que se realizaram no palco Juventude, que envolveram um investimento superior a 13 mil euros. As actuações, como noites de fados ou espectáculos de sevilhanas, no Palco Arraial, situado no Jardim Dr. Joaquim Maria Cabeça, vulgo Jardim Maria Vaz, também custaram vários milhares de euros. Os valores acrescem todos de IVA.
Os Quatro e Meia e Carolina de Deus, que actuaram em dias diferentes, foram quem levou a maior fatia do bolo, com um custo total superior a 33 mil euros. Em segundo lugar, Ana Bacalhau e Karetus, artistas que também actuaram em noites diferentes, receberam do município mais de 24 mil euros, não repartidos de igual forma. Os Azeitonas receberam cerca de 13 mil euros e o espectáculo do artista popular Toy envolveu um investimento superior a 13 mil euros. A também artista popular Rosinha recebeu pela sua actuação cerca de cinco mil euros enquanto Custódio Castelo e Ivandro, que também actuaram em dias diferentes, receberam mais de 12 mil euros pelos seus espectáculos, repartidos de forma diferente.
No Palco Juventude o município gastou mais de 13 mil euros com as actuações dos DJ, valor que envolve despesas com alimentação e alojamento. A câmara terá gasto valor semelhante com os artistas do palco Arraial, onde actuaram fadistas como Rui Tanoeiro, João Chora, coros de universidades seniores do concelho e espectáculos de flamengo e sevilhanas.

Custos milionários em festas
Os números apresentados não reflectem as despesas com a organização e logística da festa, material, segurança, corrida de toiros, com as várias largadas de toiros e as actividades que foram decorrendo ao longo da semana, nomeadamente os “showcooking’s” com alguns chefes de cozinha conceituados na região ribatejana, como Rodrigo Castelo. A julgar pelo dinheiro investido nos espectáculos musicais é previsível que o custo total da Semana da Ascensão da Chamusca atinja o seu valor recorde sendo que o ano passado o certame custou perto de meio milhão de euros. Em 2019, último ano da festa antes da pandemia, o município gastou cerca de 340 mil euros.
Nessa altura, a oposição à maioria socialista no executivo, presidido por Paulo Queimado, esteve cerca de um ano à espera da entrega das contas da Ascensão. Recentemente, e depois de vários meses a exigir a apresentação das contas do Parque dos Sonhos de Natal e da Ascensão em 2022, os dois maiores eventos anuais no concelho da Chamusca, os autarcas da oposição ficaram a saber, em assembleia municipal, que as iniciativas custaram mais de 720 mil euros aos cofres municipais sendo que o Parque dos Sonhos de Natal custou mais de 262 mil euros e gerou receitas a rondar os 20 mil euros o que, feitas as contas, dá um saldo negativo de cerca de 242 mil euros.

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