FICOR com menos visitantes merece reparos da oposição
A CDU diz que o modelo da Feira Internacional da Cortiça de Coruche deve ser revisto para atrair mais visitantes. O executivo PS defende os colóquios que são realizados durante o certame mas para o ano pondera deslocalizar os debates para o centro da vila.
A Feira Internacional da Cortiça (FICOR) que decorreu em Coruche, de 25 a 28 de Maio, teve menos visitantes do que em anos anteriores. A crítica foi deixada pelo vereador da CDU no município de Coruche, Valter Jerónimo. O autarca considera que a Feira deve ser mais atractiva porque cada vez tem menos gente. “Os colóquios e debates são muito interessantes mas o bom produto é aquele que vende e não aquele que achamos que é bom. Se não for verdade, apresentem dados em como estou errado”, reiterou.
A Câmara Municipal de Coruche não tem forma de contabilizar o número de visitantes mas a vereadora socialista Susana Cruz admite que este ano a FICOR pode ter tido menos pessoas. O que move os visitantes é a comida e os concertos, e o município não apostou em nomes sonantes do panorama musical. “Tivemos espectáculos de grande qualidade mas que não movem multidões. O mau tempo não permitiu a realização da festa da M80, que será reagendada. Isso teve um impacto no número de visitantes nesse dia”, justificou.
O presidente da autarquia, Francisco Oliveira (PS), defendeu os moldes do certame realçando que o objectivo é promover a fileira da cortiça e apostar no sector económico. O edil não quer fazer eventos iguais aos outros, que atraem mais pessoas por causa dos concertos. “Todos os produtores florestais estiveram presentes e vêm pessoas de todo o país para falar sobre o tema. Em Portugal ninguém trabalha esta fileira como nós”, afirmou.
A Câmara de Coruche admite no próximo ano rever a programação para atrair mais visitantes. Os colóquios e debates poderão, em parte, ser descentralizados, e em vez de se realizarem todos no Auditório do Sobreiro e da Cortiça passarem para o centro da vila.