Região de Leiria diz que Santarém é a proposta mais robusta para o novo aeroporto
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria defende a opção Santarém para a localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa considerando-a a melhor solução para o país. Entretanto, o consórcio Magellan 500 trabalha na criação de um vertiporto em Oeiras a pensar no aeroporto internacional para Santarém.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) defendeu a opção Santarém para a localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa considerando que esta é a proposta mais robusta. “Para nós, é fundamental que a opção seja a norte de Lisboa, como já o afirmámos no passado, e, sendo a proposta mais robusta Santarém, apoiamos Santarém para o aeroporto internacional de Lisboa”, afirmou à agência Lusa o vice-presidente da CIMRL, Jorge Vala.
Segundo Jorge Vala, também presidente da Câmara de Porto de Mós, a região de Leiria apresenta esta posição, “de uma forma consensualizada com as restantes regiões aqui em volta”, mas com algumas condições. “É importante para nós que não se perca de vista aquilo que é o projecto ferroviário e, portanto, nós não abdicamos de ter a estação da linha de Alta Velocidade em Leiria e uma perspectiva futura de continuar a pensar num aeroporto de carácter regional em Monte Real”, onde está a Base Aérea n.º 5, adiantou.
No dia 20, em Porto de Mós, vai realizar-se uma reunião com outras comunidades intermunicipais da Região Centro, para se tentar “consensualizar uma proposta de apoio efectiva e concreta à opção Santarém”, acrescentou Jorge Vala. A CIMRL integra os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.
A comissão técnica está a estudar as cinco opções avançadas pelo Governo - Portela+Montijo; Montijo+Portela; Alcochete; Portela+Santarém; Santarém – e as que foram entretanto adicionadas: Portela+Alcochete; Pegões; Portela+Pegões; e Rio Frio+Poceirão totalizando sete localizações e nove opções estratégicas.
Consórcio Magellan 500 em projecto pioneiro de mobilidade urbana
O consórcio Magellan 500, que se propõe construir um aeroporto internacional em Santarém, assinou um protocolo com a Câmara Municipal de Oeiras (CMO) para o desenvolvimento de um projecto pioneiro de mobilidade urbana impulsionado por eVTOL (veículos eléctricos com descolagem vertical), que vai revolucionar a mobilidade de pessoas e mercadorias no futuro e com redução significativa de impactos ambientais.
O acordo entre o Magellan 500 e a CMO tem como objectivo a instalação de um vertiporto, uma espécie de heliporto, neste caso, pensado para a aviação eléctrica limpa, que poderá servir o aeroporto de Santarém, mas que poderá também actuar em rede com outros vertiportos facilitando a mobilidade ‘limpa’ entre concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
“A nossa ambição é que o aeroporto Magellan 500 em Santarém, desde que a decisão do Governo seja tomada no início de 2024, esteja operacional para receber o primeiro avião comercial em 2029”, adiantou Carlos Brazão. A conjugação das duas estruturas, o aeroporto em Santarém e o vertiporto em Oeiras, permitiria transportar as pessoas de uma forma extremamente conveniente, silenciosa, sustentável e rápida da Grande Lisboa até ao Magellan 500.
Numa primeira fase o Magellan 500, no qual participa o Grupo Barraqueiro, líder privado em mobilidade rodo-ferroviária em Portugal, vai fazer a análise estratégica e de viabilidade do vertiporto no concelho de Oeiras seguindo-se o desenvolvimento do conceito com a selecção de tecnologias e, por último, a sua implementação e desenvolvimento. “Trata-se de um acordo pioneiro, emblemático, com um município que, ao longo dos anos, tem mostrado grande abertura a projectos inovadores sendo hoje um dos concelhos que mais riqueza gera em Portugal”, refere Carlos Brazão, fundador do Magellan 500.