Utentes perdem comboio por não conseguirem subir as escadas da estação em Azambuja
Elevador está constantemente avariado e de pouco ou nada valem as reparações porque em pouco tempo volta a deixar de funcionar. O problema resolvia-se com a substituição do equipamento, mas a Infraestruturas de Portugal não se pronuncia.
Na estação de comboios de Azambuja os utilizadores já perderam a conta às vezes que o elevador avariou e assim permaneceu durante semanas ou vários meses. Uma situação que tem causado constrangimentos a idosos e utilizadores com bebés, e que impossibilita quem tem mobilidade reduzida ou se desloca em cadeira de rodas de apanhar o comboio, por não conseguir subir e descer as escadas.
“Começamos a pensar que é normal alguém se ter esquecido que há um elevador para ser colocado novo na estação. Era urgente porque é triste vermos pessoas com dificuldade a subir aquela escadaria com crianças e malas. Está ali um problema”, afirma José Caetano, que tem alertado a Câmara de Azambuja para a necessidade de a Infraestruturas de Portugal, responsável pelo equipamento, encontrar uma solução. A empresa pública já foi por diversas vezes contactada pelo nosso jornal acerca das constantes avarias mas nunca respondeu.
Desta vez as avarias constantes arrastam-se há sete meses e de pouco ou nada tem valido os técnicos irem ao local fazer a reparação porque dali a algumas horas, ou mesmo minutos, o elevador volta a deixar de funcionar. Aos constrangimentos com as avarias acresce o risco de algum utilizador ficar preso no interior do equipamento. O presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), confirma a situação: “Vêm aqui arranjam o elevador e quando chegam ao Carregado já está avariado”, diz, acrescentando que tem alertado insistentemente os responsáveis para o problema.
Na opinião do vereador do PSD, Rui Corça, o elevador claramente já não tem solução de arranjo e o que tem que acontecer para pôr fim ao constrangimento de mobilidade é a Infraestruturas de Portugal fazer a substituição total do equipamento por um novo. “Este romance com os elevadores não pode continuar”, sublinha.