Câmara da Golegã montou plano para apanhar funcionário que roubava material
Funcionário suspeito de furtar material da Câmara da Golegã foi apanhado pelas autoridades em flagrante quando se preparava para entregar artigos num restaurante junto à Ponte da Chamusca. Município montou plano com autoridades para realizar a detenção. Trabalhador foi suspenso pela autarquia e aguarda julgamento em casa.
A Câmara Municipal da Golegã montou uma estratégia para apanhar em flagrante um funcionário que é suspeito de roubar material da autarquia há um longo período e que depois colocava à venda na Internet. Segundo contou a O MIRANTE fonte da autarquia, o município marcou um encontro com o suspeito depois de ter fortes indícios de que o homem, de 49 anos, residente na Golegã, andava a roubar artigos das instalações. Os responsáveis pelo plano pediram a um desconhecido para entrar em contacto com o funcionário e demonstrar-lhe interesse na aquisição do material, tendo o encontro sido posteriormente realizado no restaurante a Paragem da Ponte, junto à Ponte Dr. João Joaquim Isidro dos Reis, vulgo Ponte da Chamusca.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) já estava de sobreaviso e pronta para entrar em acção assim que a entrega do material, que tinha sido vendido através de uma plataforma online, se confirmasse. A GNR acabou por deter o funcionário por suspeita de vários furtos, numa investigação que decorria desde final de Maio, quando os militares apuraram que o suspeito furtava bens da autarquia e os colocava à venda. O homem foi identificado e detido pelo crime de peculato. Na acção policial foram apreendidas cadeiras de plástico, bases de borracha, espreguiçadeiras, quadros, duas rebarbadoras e duas máquinas de café, ventoinhas, ferramentas, entre outros artigos.
A mesma fonte contou ao nosso jornal que o suspeito exercia funções nas piscinas municipais e no Hippos - Centro de Alto Rendimento Equestre, na Golegã. Foi sempre considerado um homem de confiança e um funcionário competente e nunca originou qualquer suspeita, até este ano, de que furtava material. O suspeito é funcionário na Câmara da Golegã há cerca de uma década e foi agora constituído arguido, sendo que os factos foram remetidos ao Ministério Público.
António Camilo, presidente da Câmara Municipal da Golegã, explicou a O MIRANTE que a autarquia abriu um processo disciplinar ao funcionário e o suspendeu de todas as funções por tempo indefinido.