Sociedade | 22-06-2023 15:00

Presidente da Nersant continua a financiar a tesouraria da associação com dinheiro da sua conta bancária

Presidente da Nersant continua a financiar a tesouraria da associação com dinheiro da sua conta bancária
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Domingos Chambel e Maria Salomé Rafael. Desde que o primeiro tomou posse como presidente, todo o trabalho da anterior direcção gerida por Salomé Rafael está a ser posto em causa com prejuízos mais do que evidentes para a vida associativa da Nersant

Direcção da Nersant já deveria ter reunido em assembleia-geral para aprovação de contas e eleição dos novos corpos gerentes no primeiro trimestre de 2023. Startup de Santarém está entregue a uma funcionária que é pau para toda a obra.

Domingos Chambel continua a presidir à direcção da Nersant sem um plano de trabalho e sem a reestruturação prometida desde que tomou posse. A Nersant tem vindo a acumular prejuízos nos dois últimos anos e para o ano fiscal de 2022 não se esperam melhores resultados. O ano que está a correr deverá ser o mais desastroso de todos os anos desde que a Nersant foi fundada, em Julho de 1988, como delegação da Associação Industrial Portuguesa, para no ano seguinte, 1989, adquirir autonomia jurídica passando a Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém.
Domingos Chambel tem protagonizado uma gestão nunca vista nos 33 anos da associação com demissões, despedimentos por justa causa, onde se inclui o do director executivo António Campos, conflitos com a comunicação social, em que se inclui O MIRANTE, entre outros casos que o nosso jornal tem vindo a reportar.
Domingos Chambel preside a uma direcção eleita no dia 27 de Julho de 2020. Segundo os estatutos da associação, no primeiro trimestre deste ano a direcção já deveria ter aprovado as contas relativas a 2022 e a assembleia-geral já deveria ter eleito a nova direcção. Sobre o cumprimento dos estatutos nada tem sido informado aos associados que estão cada vez mais afastados da vida associativa. Ao contrário, Domingos Chambel é cada vez mais o homem forte da associação fazendo uma gestão que também é única desde a fundação da associação, que é emprestar dinheiro do seu próprio bolso em vez de negociar com a banca o financiamento da Nersant, que tem património acumulado de alguns milhões de euros, graças ao trabalho deixado primeiro por José Eduardo Carvalho, e depois por Maria Salomé Rafael.

2023 deverá ser o pior ano da Nersant
O MIRANTE ouviu no início desta semana meia dúzia de associados que se dizem desinteressados da vida da associação e que recusam dar a cara enquanto Domingos Chambel preferir o conflito a uma gestão séria e serena da Nersant. “Domingos Chambel está a meter dinheiro na associação, mas não está a fazer nada para o recuperar e também está a afundar o bom nome de quem até agora geriu a Nersant. Depois de dois anos desastrosos 2023 será caótico em termos de resultados porque a Nersant está parada.
Nestes quase três anos a direcção executiva reuniu apenas duas vezes. Foi preciso que o antigo presidente da comissão executiva, António Campos, se despedisse por justa causa para Domingos Chambel dar um ar da sua graça que logo estragou convidando para o lugar mais importante da associação um professor reformado, sem experiência para gerir uma associação sem fins lucrativos que precisa de cavar as suas receitas, adiantou a O MIRANTE um dos membros do conselho-geral do tempo da presidência de Maria Salomé Rafael.

Startup de Santarém entregue à bicharada
Com os despedimentos de pessoal a Startup de Santarém ficou apenas com uma funcionária que, para além de ter que gerir e valorizar o espaço, onde a Câmara de Santarém, parceira do projecto, investiu centenas de milhares de euros, ainda tem que fazer o acompanhamento e a gestão dos contactos com as empresas da Lezíria do Tejo. “Esta direcção não tem noção dos estragos que está a provocar na vida da associação”, disse a mesma fonte a O MIRANTE.
Fonte próxima de Domingos Chambel admitiu em conversa com O MIRANTE que “os associados com as quotas em dia deverá ter baixado a casa dos mil, o que deverá ser motivo de preocupação, já que a associação vive de projectos, e, nesta altura, para além de haver cada vez menos sócios, os que pagaram as quotas estão pouco motivados e não há comerciais na Nersant preparados para os motivar”.

Nersant Seguros reúne em assembleia-geral dia 28 de junho

A Nersant Seguros, que até há pouco tempo era uma empresa controlada pela direcção da Nersant, vai reunir em assembleia-geral no próximo dia 28 de Junho às 9h30. Um dos pontos da ordem de trabalhos é a venda de acções de uma das empresas do consórcio, que até ao final do ano passado tinha um papel importante na gestão da sociedade anónima.
Recorde-se que a confiança que foi retirada a António Campos começou na Nersant Seguros. Domingos Chambel tentou substituir António Campos pelo vice-presidente da direcção, António Rodrigues, mas os sócios maioritários juntaram-se e um deles roubou a presidência da sociedade à direcção da Nersant. Curiosamente, o protagonista desta primeira grande derrota da gestão de Domingos Chambel foi o administrador da Cabena, José Coimeiro, que, para além de pertencer aos órgãos sociais da direcção de Domingos Chambel, é também um dos principais acionistas. Domingos Chambel ignorou a sua importância e José Coimeiro não foi de modas deixando Domingos Chambel a falar sozinho assim como todos os seus colegas de direcção.

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