Misericórdia de Tomar não exclui levar Unidade de Cuidados Continuados para outro concelho
Presidente da câmara diz que só se não houver um “buraco” em Tomar é que não se instala a nova Unidade de Cuidados Continuados no concelho.
No entanto, refere que a Misericórdia de Tomar não exclui essa hipótese devido ao impasse com a cedência de um terreno para construção.
A Santa Casa da Misericórdia de Tomar poderá ter de assinar um acordo com um município vizinho para cedência de terreno para instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados. Depois da informação ter sido tornada pública pelo Provedor da instituição, António Alexandre, em Abril deste ano, o assunto voltou a ser discutido em reunião de executivo camarário. “Pelos próximos dias a Misericórdia de Tomar estará por assinar com um município aqui ao lado a cedência do terreno para a construção da Unidade de Cuidados Continuados que levantaria muitos problemas para ser concretizada no nosso concelho. Esta informação é verdadeira?”, questionou Tiago Carrão, vereador do Partido Social Democrata.
Anabela Freitas (PS), presidente do município, confirmou que também recebeu essa informação e que questionou o Provedor para saber se era verdadeira. “Disse-me que é algo que está em cima da mesa, mas não fará sentido ir para outro concelho. O que penso sobre isso? Em tudo na vida devemos concentrar-nos a construir pontes e não a dividir, muito mais quando estamos a falar de um investimento que faz falta ao concelho, à região e ao país. Sou adepta de que com o diálogo, mais tarde ou mais cedo, encontraremos uma solução”, disse.
A presidente acrescentou que o local inicialmente definido para instalar o complexo de saúde, na zona das Avessadas, levanta alguns problemas jurídicos, mas que podem ser ultrapassados. “Colocar um investimento da Santa Casa da Misericórdia de Tomar noutro concelho só se não houvesse mesmo outro buraco em Tomar”, vincou.