Paróquia de Alverca pediu à Câmara de Vila Franca de Xira para não pagar 31 euros
Depois de ter cobrado à Câmara de Vila Franca de Xira seis mil euros mensais quando acolheu o centro de vacinação contra a Covid-19, a Paróquia de Alverca veio agora pedir ao município que a isentasse do pagamento de uma taxa de 31 euros. O executivo aceitou.
Depois de ter cobrado seis mil euros por mês à Câmara de Vila Franca de Xira durante a campanha sazonal de vacinação contra a gripe e Covid-19, a Fábrica da Igreja Paroquial de São Pedro de Alverca veio agora pedir ao município que a isente de pagar uma taxa de 31 euros pela ocupação da via pública. A paróquia solicitou a isenção do pagamento referente à taxa de emissão da licença para a realização de divertimentos públicos nas vias, jardins e espaços ao ar livre de Alverca durante a realização do Arraial dos Pastorinhos, que decorreu em meados de Junho no Largo dos Pastorinhos.
A proposta foi agora a votação em reunião de câmara. O município recebeu o pedido da paróquia e, considerando que se tratou de um evento destinado a crianças da catequese, pais e familiares, não visando o lucro e que os bens a consumir se destinavam a angariar verbas para pagar as férias às crianças a câmara decidiu aprovar a proposta de isenção por unanimidade.
A paróquia já tinha sido notícia em Outubro de 2022 quando se gerou uma polémica com o valor pago pela câmara para instalar o centro de vacinação municipal no centro paroquial da Igreja dos Pastorinhos, que custou aos cofres da Câmara de Vila Franca de Xira seis mil euros por mês enquanto decorreu a campanha de vacinação sazonal contra a Covid-19 e a gripe. O contrato de locação entre o município e a Fábrica da Igreja Paroquial, liderada pelo padre Marcelo Santos Boita, recorde-se, previa a cedência de uma sala adjacente e instalações sanitárias, todas situadas no segundo andar do Centro Paroquial João Paulo II, em Alverca.
O documento previa que o espaço fosse ocupado por dois meses mas pôde ser renovado até ao final do ano caso fosse necessário. Os seis mil euros por mês que a câmara pagou incluíam, além da cedência das instalações, o fornecimento de água e electricidade e o funcionamento do elevador, mas desde que esses custos não ultrapassem em 50% o seu valor fixo mensal.