Sociedade | 01-07-2023 15:00

Roubo de catalisadores continua a preocupar autoridades

Zona Industrial de Santarém é um dos alvos preferidos de quem rouba catalisadores de automóveis. Por ano, a GNR regista cerca de uma centena de queixas no distrito de Santarém e a PSP registou mais de oito dezenas no último ano.

Uma leitora de O MIRANTE, que prefere não ser identificada, foi alvo do roubo do catalisador do seu automóvel, que estava estacionado em pleno dia junto ao Centro de Formação Profissional, na Zona Industrial de Santarém, onde está a frequentar um curso. Quando chegou ao carro, ao final da tarde, tanto ela como uma amiga aperceberam-se do roubo dos catalisadores de ambos os veículos. Apresentaram queixa na GNR mas cerca de um mês depois não obtiveram qualquer resposta e não têm esperança que os infractores venham a ser identificados. Ao que O MIRANTE apurou, a Zona Industrial de Santarém tem sido alvo constante destes roubos com queixas frequentes de quem ali trabalha.
Contactada por O MIRANTE, a Guarda Nacional Republicana (GNR) informou que até 30 de Abril de 2023 houve registo de 15 furtos de catalisadores na sua área de actuação no distrito de Santarém. Embora os dados de 2023 sejam referentes apenas a quatro meses do ano, foi registado um número mais baixo do que em 2022, que no global teve 94 furtos. Em 2021 foram registados 125 furtos. Benavente, Rio Maior, Almeirim, Torres Novas, Cartaxo, Salvaterra de Magos, Santarém, Coruche e Alcanena foram os concelhos com maior registo de denúncia de roubos de catalisadores.
O Comando Distrital de Santarém da Polícia de Segurança Pública (PSP), que actua nas cidades de Santarém, Tomar, Abrantes, Torres Novas, Entroncamento, Cartaxo e Ourém, informou que entre 1 de Junho de 2022 até 1 de Junho de 2023 foram registadas 82 ocorrências relacionadas com furtos de catalisadores em viaturas automóveis ou motociclos. “É um fenómeno criminal que se estende, infelizmente, a todo o território nacional e que, por norma, está associado a outros crimes”, sublinha a PSP. Desde 2021 que o Comando Distrital da PSP já colaborou em várias operações policiais, de âmbito nacional, relacionadas com este tipo de crime tendo “resultado das mesmas várias detenções e apreensões”, acrescenta. A GNR alerta que a denúncia deste e qualquer outro crime é “extremamente importante para que os recursos existentes sejam empenhados segundo uma lógica de prioridades após ponderação e análise de vários critérios de decisão sendo fundamental o conhecimento das ocorrências que se vão verificando na zona de acção”, reforça, acrescentando que as vítimas ou lesados devem apresentar queixa.

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