Empresário de VFX encontrado morto em arrecadação
Família de Luís Jesus Costa tinha pedido ajuda à comunidade para encontrar o dono do café “A Bateira” que era um rosto popular e acarinhado na cidade. Caso vai passar para as mãos da Polícia Judiciária.
Luís Jesus Costa, de 60 anos, empresário de Vila Franca de Xira dono do café “A Bateira”, situado na rua Luís de Camões, foi encontrado enforcado e sem vida ao final da tarde de segunda-feira, 3 de Julho, numa das arrecadações do prédio onde vivia. Estava desaparecido desde a tarde de sábado, 1 de Julho, altura em que a família o conseguiu contactar pela última vez.
A informação foi confirmada a O MIRANTE pelos familiares, pouco tempo depois de terem pedido ajuda à comunidade para encontrar o empresário que era um rosto acarinhado na cidade onde explorava o café há quase quarenta anos. O alerta para o desaparecimento foi feito pela filha, Rafaela Costa, de 20 anos, nas redes sociais, depois da família ter apresentado queixa na Polícia de Segurança Pública que estava também a realizar diligências para tentar encontrar Luís Jesus Costa. O corpo do empresário acabou por ser encontrado pela funcionária que fazia a limpeza do prédio.
“É uma pessoa calma mas há uns tempos que notávamos que andava um pouco triste, muito fechado, parecia um início de depressão. Já tinha ido ao médico e estava medicado”, contava a O MIRANTE Mercedes Quintino, cunhada de Luís Costa, horas antes do trágico desfecho. Segundo a familiar, o sábado estava a ser como qualquer outro em dia de Colete Encarnado, com Luís e a esposa a revesarem-se no atendimento no café. Pela hora de almoço o empresário foi para casa descansar a pé e deixou o carro na cidade. Por volta das 16h30, quando a procura do café aumentou, a mulher ligou-lhe a pedir que regressasse para a ajudar e achou o tom de voz estranho e ligeiramente alterado. Luís Costa nunca regressou.
Preocupados, os familiares foram tentar encontrar o empresário em casa, temendo que pudesse ter sofrido um enfarte semelhante ao que já sofrera há uns anos. “Bateram à porta e ninguém abriu. Quando abrimos a porta já não estava lá”, lamenta Mercedes Quintino. O empresário era considerado uma pessoa bastante calma, serena, de trato fácil e fiel à família, nunca tendo tomado, no passado, atitude semelhante. O caso vai agora ficar na alçada da Polícia Judiciária e o corpo seguir para autópsia.