Mais um ano sem Piscinas Municipais da Chamusca
Oposição ao executivo de maioria socialista quis saber se estão previstos protocolos com outros municípios para as crianças e jovens não passarem mais um Verão sem utilizar piscinas. Presidente Paulo Queimado diz que não há protocolos. Complexo está encerrado há quatro anos.
As obras de requalificação do complexo das Piscinas Municipais da Chamusca continuam a dar que falar nas reuniões de executivo municipal. Com a chegada do Verão o quarto consecutivo em que o complexo está encerrado, a vereadora Gisela Matias (CDU) questionou a maioria socialista sobre se vai haver protocolos com municípios vizinhos para as crianças e jovens não passarem mais uma temporada com temperaturas elevadas sem acesso a piscinas. Paulo Queimado (PS), presidente do município, adiantou que não vão ser assinados quaisquer protocolos com municípios nem com entidades privadas. A vice-presidente Cláudia Moreira acrescentou que as crianças vão ter algumas saídas para esse efeito no âmbito dos campos de férias organizados pelas juntas e uniões de freguesias do concelho da Chamusca.
Nos últimos meses do ano passado (2022) ficou-se a saber que o complexo só deverá abrir, na melhor das hipóteses, no Verão de 2024, cinco anos depois de ter encerrado ao público. Os custos da empreitada têm vindo a alterar-se constantemente devido ao aumento do preço dos materiais de construção. A primeira fase do projecto iria custar cerca de 350 mil euros, aumentou para mais de meio milhão em 2020 e mais tarde o executivo aprovou a atribuição de mais 127 mil euros para a conclusão dos trabalhos. A segunda fase foi adjudicada com um preço base superior a dois milhões de euros. Somando os valores das duas fases, o município irá gastar cerca de três milhões de euros na requalificação do complexo. Parte da verba gasta vai ser financiada.
No Verão de 2022 mais de 70 crianças inscritas no campo de férias da União de Freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande utilizaram a piscina de uma quinta particular sendo que foi a junta a suportar os custos da utilização. Este ano prevê-se que a situação se volte a repetir. Perante a “inoperância” da maioria socialista em garantir o serviço público à população vários autarcas têm assumido a sua revolta nomeadamente o vereador Tiago Prestes (PSD/CDS) que desabafou afirmando que “infelizmente a maioria das obras que este município se propõe realizar demoram a arrancar e a acabar. Qualquer imprevisto não pode servir de desculpa e as responsabilidades devem ser atribuídas”, disse, em declarações a O MIRANTE, a gestão socialista tem isolado ainda mais o concelho da Chamusca dos outros concelhos da região ribatejana.
À Margem / Opinião
Dois autarcas que não sabem nadar
Há quatro anos que as piscinas da Chamusca fecharam para obras. O executivo socialista não tem como justificar esta falha na gestão de um importante equipamento municipal se não for escondendo a incapacidade para resolver os problemas do dia-a-dia da autarquia. Nada justifica os atrasos, e muito menos o dinheiro que vai ser gasto na requalificação, que vai ser mais do triplo que estava orçamentado há quatro anos. Se a gestão política da autarquia chamusquense, liderada por Paulo Queimado e Cláudia Moreira, pudesse ser avaliada pelo trabalho que lhes tem dado este equipamento municipal, nada melhor que concluir que os dois políticos socialistas não sabem nadar.