Sociedade | 03-07-2023 15:00

Sindicatos e utentes voltam a alertar para situação complicada no HDS

Sindicatos e utentes voltam a alertar para situação complicada no HDS
O médico e sindicalista André Gomes (à direita) defende a revisão da grelha salarial dos médicos, a redução das horas de serviço nas urgências e um horário de 35

A falta de médicos em diversas especialidades do Hospital Distrital de Santarém foi a principal pedra de toque de uma conferência de imprensa convocada por sindicatos e movimento de utentes.

No dia seguinte à informação divulgada pelo Hospital Distrital de Santarém (HDS) sobre a contratação de médicos em 2023, sindicatos e Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos do Distrito de Santarém marcaram uma conferência de imprensa junto a essa unidade de saúde para expressar a sua “profunda preocupação” com a situação do HDS e a “degradação” do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A falta de médicos em diversas especialidades do HDS, tal como acontece noutros hospitais públicos e nos cuidados de saúde primários, foi a principal pedra de toque. Num documento distribuído aos jornalistas, os promotores da conferência de imprensa, realizada a 21 de Junho, referem que a falta de médicos e de outros profissionais de saúde no HDS deve-se aos salários serem baixos, aos horários extremamente desregulados, às carreiras estarem congeladas e às condições oferecidas serem más. O que, na sua perspectiva, leva “centenas de profissionais, entre os quais médicos, a que não vejam qualquer atractivo em vir trabalhar para o Hospital de Santarém”
André Gomes, do Sindicato dos Médicos da Zona Sul, garantiu que há três reivindicações de que os médicos não vão abdicar: a revisão da grelha salarial; a redução das horas de serviço nas urgências para 12; e um horário de 35 horas. Só assim, diz o sindicalista, se pode tentar travar a “sangria” de médicos do SNS.
“Instamos o Governo a tomar medidas para resolver as carências de recursos humanos no HDS e em todo o SNS incluindo a contratação efectiva de profissionais de saúde em todas as especialidades necessárias. É fundamental investir em infraestruturas e equipamentos adequados, garantindo condições de trabalho dignas e estabilidade laboral para os profissionais de saúde”, lê-se no mesmo documento difundido pela União de Sindicatos de Santarém.
Augusto Figueiredo, do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos do Distrito de Santarém, diz que o Estado tem recursos para investir no SNS e referiu que a contratação de médicos estrangeiros pode ser uma solução para reverter a actual situação.

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