Sociedade | 09-07-2023 07:00

Vila Franca de Xira celebra o colete encarnado preservando raízes e tradições

Vila Franca de Xira celebra o colete encarnado preservando raízes e tradições
Uma das maiores festas do Ribatejo homenageou Lúcio Isidro dos Santos (à esquerda) e o desfile pelas rua voltou a ser um dos pontos altos da festa

Colete Encarnado esteve nas ruas de Vila Franca de Xira e a homenagem ao campino voltou a ser um dos momentos altos da festa. Presidente do município voltou a reafirmar a luta pelo reconhecimento da festa como património imaterial cultural nacional.

Vila Franca de Xira voltou a homenagear a figura do campino durante a emblemática festa do Colete Encarnado, este ano num tributo personalizado em Lúcio Isidro dos Santos. Foi na tarde de sábado, 1 de Julho e o presidente do município, Fernando Paulo Ferreira, aproveitou o emotivo momento para dizer que a cidade não se verga a pressões da actualidade e vai continuar a resistir em prol da preservação das suas raízes e tradições. “O campino representa a liberdade de viver o campo, respeitar a natureza e aceitar as diferenças de gostos com tolerância e abertura. Assim é Vila Franca”, afirmou.
Lembrando que os campinos remetem para um tempo onde se evoca o romantismo e obstinação lusitana de resistir às adversidades, o autarca refere que “é essa diferença que faz única a cidade de Vila Franca de Xira no contexto metropolitano e nacional”, lembrando que o concelho continua a lutar pelo reconhecimento do Colete Encarnado como património imaterial cultural nacional. Isto depois de, em 2020, já ter sido eleito como uma das sete maravilhas nacionais. “É esta cidade toda, inclinada perante os campinos, que é a alma do Colete Encarnado. Vila Franca de Xira encontrou nos homens do povo a razão para a nossa celebração colectiva. Olhamos para os campinos que diariamente lutam para fazer a sua vida e a viver em liberdade, representando o valor incomensurável de sermos diferentes”, defendeu.
Este ano o Pampilho de Honra levou o nome de Carlos Alves da Silva (“Carlos Custódio”), falecido em 2020, e foi entregue a Lúcio Isidro dos Santos, de 83 anos, que dedicou 67 anos de vida à arte de lidar com o gado bravo. Após a homenagem realizou-se o tradicional desfile pelas ruas da cidade dos campinos, cavaleiros, amazonas e tertúlias.
O Colete Encarnado voltou a chamar à cidade milhares de pessoas ao longo do fim-de-semana, apresentando corridas e esperas de toiros, concertos, espectáculos de fado e flamenco, corridas de campinos, distribuição de sardinhas assadas, pão e vinho e fechou no domingo à meia noite com o tradicional fogo de artifício. Os toiros voltam às ruas em Outubro aquando da realização da feira anual.

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