Sociedade | 10-07-2023 21:00

Nem tribunal e centro de saúde escapam à onda de assaltos no Entroncamento

Nem tribunal e centro de saúde escapam à onda de assaltos no Entroncamento
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Tribunal da Comarca do Entroncamento foi um dos vários espaços que foram assaltados nos últimos dias no Entroncamento

Depois da agressão com gravidade a um polícia no último dia das festas da cidade o sentimento de insegurança está a crescer no Entroncamento com as notícias de assaltos a vários espaços, que se agudizaram desde 29 de Junho com o assalto ao tribunal. O centro de saúde e uma clínica de exames médicos também não escaparam.

Não há dia no Entroncamento em que não haja notícia de um assalto a estabelecimentos ou instituições na cidade. A situação está a fazer aumentar o sentimento de insegurança que já grassa na população habituada a ouvir falar em problemas. Ainda recentemente, no último dia das festas da cidade, dois grupos envolveram-se em confrontos e um polícia que estava fora de serviço e tentou parar a briga foi agredido e sofreu um traumatismo craniano grave.
O problema dos assaltos agudizou-se quando se deu conta da intrusão no edifício do tribunal, que até agora nunca tinha tido sequer qualquer tentativa de assalto. Quem entrou no edifício conseguiu andar pelo espaço, remexer em gavetas e sair sem ser apanhado. O assalto ao tribunal ocorreu na quinta-feira, 29 de Junho, às 3h45, hora a que a PSP “recebeu a notícia de accionamento do alarme de intrusão do tribunal”, segundo confirma o comando distrital de Santarém.
Os polícias da esquadra do Entroncamento foram enviados para o local e depararam-se com a porta de entrada pelas traseiras, que dá acesso também à conservatória, arrombada. A PSP confirma que “não foi detectado qualquer suspeito no interior do edifício”. Quanto ao roubo, no entanto, verificou-se que o moedeiro da máquina de venda de produtos alimentares localizada na zona de espera do tribunal estava arrombado tendo desaparecido as moedas. Não foi comunicado à autoridade o desaparecimento de qualquer outro bem nem foram afectados equipamentos judicias.
Nos dias seguintes houve mais assaltos a empresas, como uma clínica, e o centro de saúde. Pelo modo de actuação trata-se de alguém que anda à procura de dinheiro ou objectos fáceis de vender rapidamente. Apesar de o produto dos roubos não ser elevado, os arrombamentos deixam as pessoas com medo e os estragos nas portas podem ter custos avultados. Logo a seguir ao tribunal, na madrugada de sexta-feira alguém se introduziu, também por meio de arrombamento da porta, na clínica de exames médicos Affidea, de onde foram retiradas moedas e um computador.
No fim-de-semana o alvo foi o centro de saúde no centro da cidade, situado numa zona residencial, que regista algum movimento. O assalto foi verificado na manhã de segunda-feira, à hora de abertura da unidade, às 8h00. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo refere a O MIRANTE que desconhece a forma como se acedeu ao edifício uma vez que “todas as portas e janelas estavam fechadas, sem sinais aparentes de arrombamento”. A entidade diz que vários gabinetes estavam com os armários e gavetas abertas tendo sido encontradas pastas de documentos e material informático espalhados pelo chão. Uma impressora e vários blocos de gavetas foram danificados.

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