Sociedade | 11-07-2023 10:00

Empresários da Parreira envergonham Paulo Queimado por não responder a chamadas e emails

Empresários da Parreira envergonham Paulo Queimado por não responder a chamadas e emails
Luiz Vasconcellos e Souza foi à Assembleia Municipal da Chamusca acompanhado de uma dezena de empresários para exigir que o presidente da câmara responda aos contactos da Associação de Desenvolvimento Industrial da Parreira

Sócios da Associação de Desenvolvimento Industrial da Parreira foram à última Assembleia Municipal da Chamusca perguntar ao presidente da câmara as razões para as negociações da construção de uma nova zona industrial na freguesia estarem paradas há mais de dois anos. Associação diz que há falta de vontade em colaborar e de criar pontes para arranjar uma solução.

Na última Assembleia Municipal da Chamusca, no período dedicado ao público, Luiz Vasconcellos e Souza interveio em nome da Associação de Desenvolvimento Industrial da Parreira (ADIP) para pedir contas ao presidente da câmara sobre as razões para as negociações da construção de uma nova zona industrial na freguesia estarem paradas há mais de dois anos. Na sessão, que se realizou a 28 de Junho e contou com a presença de cerca de uma dezena de associados, o fundador e presidente da Agromais questionou Paulo Queimado, lamentando a falta de diálogo do município; “o caso da Parreira é fora do comum. As pessoas compraram os lotes e querem fazer a infraestrutura e até agora a câmara não tem mostrado abertura para os ajudar a alcançar esse objectivo”, lamentou.
Paulo Queimado referiu que o loteamento industrial em causa deu muito trabalho e muitos milhares de euros de despesa à câmara municipal, nomeadamente devido à alteração do Plano Director Municipal para aquela zona, “que supostamente é inundável”. “Estamos disponíveis para falar sempre. Tenho falado com alguns proprietários de lotes. Havendo financiamento para avançar com a infraestruturação e desenvolvimento destas áreas industriais e económicas estamos disponíveis para avançar ou dar apoio à associação”, disse.
Luis Vasconcellos e Souza voltou a usar da palavra para desmentir o presidente da câmara: “parar uma negociação durante dois anos e meio não faz parte das regras de convivência entre as partes. Devia haver resposta a email, telefonemas, algum feedback. As pessoas queixam-se de que não tem havido pontes e tomam isto como a não vontade do município em colaborar em encontrar uma solução. Estive presente numa das reuniões e o que nos apercebemos é que o assunto não é tão complexo como quis dar a entender. Depende é da vontade expressa das partes. Isto é um projecto que tem uma componente privada e que tem um objectivo social para a zona uma vez que a Parreira é uma terra com características próprias o que permitiria a criação de mais postos de trabalho”, vincou, acrescentando que ele próprio vai passar a enviar email e telefonemas para garantir que, ao contrário do que tem acontecido, haja resposta por parte do município.

O que está em causa

Em 2008 a Assembleia Municipal da Chamusca aprovou por unanimidade uma proposta do executivo camarário para executar uma alteração na planta de ordenamento das localidades de Parreira e Salvador. A medida teve como objectivo mudar a localização da futura Zona Industrial da Parreira para um terreno situado no lugar de Matafome, que foi adquirido pela, na altura, recém criada Associação de Desenvolvimento Industrial da Parreira (ADIP). Aparentemente houve vários impedimentos, nomeadamente de entidades públicas, que têm impedido a construção das infraestruturas. Os donos dos terrenos consideram que a situação é facilmente ultrapassável e pedem à câmara que honre o compromisso, acordado no tempo em que Sérgio Carrinho era presidente da autarquia, de comparticipar no avanço das obras necessárias à implementação da zona industrial.

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