Homem que aborda mulheres para vender perfumes levanta suspeitas
Residentes em Vialonga relatam terem sido abordadas por um homem nos parques de estacionamento dos supermercados da freguesia. Pretexto da venda de perfumes não convence as mulheres suspeitando-se que seja um expediente para as roubar. A GNR recebeu uma denúncia e deixa conselhos.
Várias mulheres, de norte a sul do país, têm relatado episódios em que são abordadas por um homem que lhes pede para cheirar perfumes alegadamente para as fazer perder os sentidos ou para as roubar. As queixas de casos semelhantes já aconteceram nas freguesias de Alhandra e Vialonga. Os alertas multiplicaram-se nas redes sociais e chegaram a ser classificados como alarmistas pelas autoridades policiais.
A O MIRANTE Paula Ferreira, residente em Vialonga, relata que estava a passear o cão, como é habitual, até que se aproximou uma carrinha cinzenta escura da marca BMW. O homem parou e perguntou se queria perfumes, que vinha de Guimarães, e que estava a vender. O homem propôs oferecer um perfume a Paula Ferreira e convidou-a para cheirar mas ela hesitou. “Estive quase para cheirar mas disse que não estava interessada. Acho que a intenção era roubar a bolsa que trazia à cintura. Ele estava a olhar para a bolsa”, conta. Não estava à espera da situação e não apontou a matrícula da viatura mas fez queixa informal à GNR. Após o episódio avisou a filha, mãe e sobrinha e diz que passou a estar mais alerta.
No mesmo dia Carla Pimenta foi abordada junto ao parque de estacionamento do supermercado Intermarché, por volta das 17h30, quando passeava a cadela. Achou estranho ver a carrinha a entrar em sentido contrário no parque de estacionamento do supermercado. O condutor foi no seu encalço, sempre a chamá-la da janela da carrinha. “Liguei para a minha mãe porque comecei a ficar nervosa. O homem disse que era de Coimbra e que tinha perfumes para oferecer. Eu disse que não estava interessada. Lembrei-me do que tinha visto nas notícias”, explica. Após o episódio ligou para a GNR de Vialonga. No mesmo dia mais duas mulheres relataram o mesmo episódio no parque de estacionamento do supermercado Pingo Doce. Segundo Carla Pimenta também ocorreu o mesmo com uma amiga em Alhandra.
GNR teve conhecimento e deixa conselhos
A GNR disse ter tido conhecimento do caso no dia 21 de Junho através de denúncia telefónica. Os militares deslocaram-se ao local e realizaram diligências policiais mas não conseguiram localizar os suspeitos nem o denunciante. A GNR relembra que a denúncia deste e de qualquer outro crime é extremamente importante “para que os recursos existentes sejam empenhados segundo uma lógica de prioridades após ponderação e análise dos vários critérios de decisão”.
A Guarda sublinha ainda que é fundamental que as vítimas ou lesados formalizem as queixas que possam enquadrar algum ilícito criminal. Alerta ainda que as pessoas, caso se deparem com uma situação semelhante, evitem a abordagem, contactem as autoridades o mais rapidamente possível, devendo, até à chegada destas, recolher o número máximo de elementos de informação possíveis, nomeadamente características do suspeito, matrícula da viatura e eventuais testemunhas.