Palacete e jardim doados à Câmara de Santarém apresentados à população
A casa e o jardim doados ao município de Santarém por Maria de Lurdes Fino vão ser recuperados e colocados ao serviço da cidade na área da cultura.
A Câmara de Santarém apresentou à população a casa e o jardim doados ao município por Maria de Lurdes Fino, na Avenida 5 de Outubro, perto do Jardim das Portas-do-Sol. Ao final da tarde de 29 de Junho as portas abriram-se para dar a conhecer um património que vai ser recuperado e colocado ao serviço da cidade.
A autarquia aproveitou a ocasião para apresentar os projectos de reabilitação e utilização cultural para aquele imóvel, que vai acolher o Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão (CIJVS). Vários oradores, entre autarcas e especialistas de diversas áreas, deram a conhecer a história do edifício e de quem o habitou e do que se pretende para o futuro num momento muito participado que constituiu também um tributo à benemérita, falecida em 26 de Janeiro de 2021.
A chamada Casa das Palmeiras não podia ser vendida ou alienada para fim distinto, segundo o testamento da benemérita Maria de Lurdes Fino. Para além do imóvel, com um valor patrimonial de 216.438 euros, foram ainda deixados ao município três terrenos, um junto à encosta de Santa Margarida e dois localizados na freguesia de Santa Iria da Ribeira de Santarém.
As doações foram aprovadas por unanimidade pelo executivo camarário na reunião de 22 de Fevereiro de 2021. Na ocasião, o presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), agradeceu publicamente a oferta, garantindo que o município tudo vai fazer para honrar o nome da benemérita tornando o edifício num espaço de referência na área da cultura.
O projecto de adaptação da Casa das Palmeiras, da autoria do arquitecto Carlos Guedes de Amorim, vai permitir acolher o CIJVS e os cerca de 40.000 livros e documentos do seu acervo - doação do historiador Joaquim Veríssimo Serrão ao município de Santarém. O CIJVS tem funcionado no antigo presídio militar desde a sua criação, em 2011. O antigo presídio vai ser transformado numa residência para estudantes, o que leva à necessidade de retirar as várias valências até agora a funcionar aí.