Funcionário do Urbanismo da Câmara de Santarém suspenso por suspeita de irregularidades
Executivo municipal decidiu suspender preventivamente um trabalhador do Urbanismo após terem sido detectados indícios da prática de irregularidades num processo de obras. Caso não está relacionado com as buscas efectuadas pela Polícia Judiciária aos mesmos serviços, em Fevereiro ultimo.
Os serviços de Urbanismo da Câmara de Santarém estão novamente sob escrutínio das autoridades após terem sido detectados indícios de irregularidades que levaram à suspensão preventiva de um funcionário e à comunicação da situação ao Ministério Público. Este caso não está relacionado com as buscas efectuadas pela Polícia Judiciária aos mesmos serviços em Fevereiro último, afiançou fonte do município, dizendo ainda a O MIRANTE que a autarquia desconhece quaisquer resultados dessas averiguações da PJ.
Sobre o caso mais recente, que chegou ao conhecimento dos responsáveis políticos no final da semana passada, o executivo camarário informou que tendo tido conhecimento de “factos que indiciam a existência de irregularidades num processo de licenciamento de obras particulares, foi instaurado o competente procedimento interno que motivou a suspensão preventiva de um trabalhador e comunicados os factos ao Ministério Público”.
A Câmara de Santarém acrescenta que “foram ainda desencadeados procedimentos internos que permitam melhorar, controlar e mitigar os riscos associados à prática das irregularidades suprarreferidas”. A autarquia garante também que “continua como sempre disponível para colaborar com as entidades judiciais e administrativas da tutela no sentido de garantir a transparência e a segurança em todos os processos administrativos”.
Recorde-se que no dia 8 de Fevereiro de 2023 inspectores da Polícia Judiciária estiveram a efectuar buscas na Câmara de Santarém sobre “processos relacionados com licenciamentos de urbanismo no centro histórico” da cidade. Poucos dias depois dessa operação, em reunião do executivo, o presidente da Câmara de Santarém afirmou-se “completamente tranquilo” e declarou que ninguém tinha sido constituído arguido. A intervenção visou funcionários municipais do Departamento de Urbanismo. A investigação dos inspectores da PJ foi motivada por uma denúncia e incidiu sobre “20 a 30 processos” referentes a licenciamento de obras particulares no centro histórico de Santarém e a um alegado incumprimento das normas impostas pela Direcção-Geral do Património Cultural nessa zona.