Rede de imigração ilegal também actuava em Vila Franca de Xira
Grupo é suspeito de ter infiltrado no concelho vários cidadãos de nacionalidade paquistanesa que acabavam a trabalhar em serviços de entrega ao domicílio nas zonas de Vialonga e Póvoa de Santa Iria. Outros fugiam para o resto da Europa para parte incerta.
O concelho de Vila Franca de Xira, em particular as zonas de Vialonga e Póvoa de Santa Iria, foram também visadas nas investigações da Polícia Judiciária que culminaram na última semana no desmantelamento de uma rede criminosa de imigração ilegal com ramificações europeias. Seis pessoas, incluindo um cidadão paquistanês que se encontrava na Póvoa de Santa Iria, foi constituído arguido e vão todos aguardar julgamento em prisão preventiva, revela fonte ligada ao processo a O MIRANTE.
Segundo a Judiciária, os detidos integravam uma organização criminosa que operava em Portugal, França, Espanha e Alemanha, suspeitos de praticar crimes de associação criminosa, tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos, sendo suspeitos de terem introduzido em território nacional mais de seis mil pessoas, a sua maioria de origem paquistanesa e muçulmana. A Judiciária acredita que a rede agora desmantelada permitia aos imigrantes ilegais virem a Portugal e regularizar a sua situação no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras com documentos falsificados na hora e obtidos em vários locais, incluindo restaurantes de kebab, alojamentos locais e lojas de reparação de telemóveis. Foram cumpridos 18 mandados de busca domiciliária e seis mandados de detenção emitidos pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, com especial incidência em Lisboa, Vila Franca de Xira e na margem sul do Tejo. Onze alojamentos locais em Lisboa foram fechados pela ASAE, por falta de condições de higiene, presença de pragas de baratas e ratos e captura ilegal de imagens com violação de dados pessoais.
* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE