Santarém tem problemas que se arrastam no tempo
Pedro Melo é o único eleito do CDS na Assembleia Municipal de Santarém. Vive a primeira experiência autárquica na terra onde passou a infância. É advogado e representa a ex-administradora da TAP Alexandra Reis.
Era vice-presidente da direcção nacional quando o CDS perdeu a representação no Parlamento nas últimas legislativas. Vive em Lisboa mas sempre acompanhou a realidade de Santarém e tem dificuldade em compreender como é que velhos problemas demoram tanto a resolver. Advogado da ex-administradora da TAP Alexandra Reis, acompanhou de perto os trabalhos da famigerada Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da TAP e ficou perplexo com alguns episódios. Admite que há uma justiça para ricos e outra para pobres e defende um maior controlo do desempenho dos magistrados, premiando quem trabalha muito e bem e penalizando quem não concorre para o bom funcionamento do sistema.
João Calhaz
Olha para Santarém e o que vê? Há problemas em Santarém que se arrastam no tempo e são incompreensíveis. O Campo Infante da Câmara é uma manta de retalhos. É incompreensível que o que devia ser um espaço nobre da cidade esteja há tantos anos não vou dizer ao abandono mas talvez pior do que isso, porque depois dificulta a sua requalificação. Há agora um projecto, mas ainda em fase muito embrionária. Não há um projecto de execução, não há sequer um anteprojecto, há um estudo prévio que já padece de um problema, que é o terminal de autocarros…
Uma ideia que tem sido muito contestada. Manifestei-me desde o início contra essa possibilidade, acho uma má ideia. Vamos ver se é possível resolver isso. Mas acho incompreensível que só em 2023 exista um estudo prévio para aquele espaço.
Já existiram projectos, estudos e planos anteriormente… Mas nada aconteceu! Inclusivamente já propus em sede de assembleia municipal que um dos vereadores ficasse exclusivamente dedicado a este projecto, porque temo que se não for assim o projecto não arranque. Ou seja, que a câmara esteja a gastar dinheiro público num projecto que depois não tenha sequência.