Sociedade | 26-07-2023 07:00

Esgotos a céu aberto no Forte da Casa são tormento para os moradores há três anos

Esgotos a céu aberto no Forte da Casa são tormento para os moradores há três anos
Moradores do Forte da Casa não estão a conseguir suportar cheiro nauseabundo junto das suas casas

Há pelo menos três anos que o Verão traz ao Forte da Casa, além do calor, um intenso cheiro a esgoto. Um ribeiro junto às piscinas da vila fica inundado de água poluída a céu aberto que chama bicharada e provoca cheiros nauseabundos que tornam o local irrespirável.

Quem vive e trabalha no Largo dos Bombeiros Voluntários, Rua Fernando Pessoa, Rua José Gomes Ferreira e Rua José Fontana, no centro da vila do Forte da Casa, já não sabe o que fazer para conseguir suportar o intenso cheiro a esgoto. Diz quem vive naquela zona que, nos últimos anos, sempre que o Verão e o tempo quente regressam trazem consigo as descargas de esgoto a céu aberto na ribeira, que empestam o ar de um cheiro nauseabundo irrespirável. Tudo porque estão a correr águas residuais a céu aberto numa ribeira junto às piscinas municipais que estão a ser uma dor de cabeça para quem ali vive e trabalha. Um problema que se arrasta há três anos e que O MIRANTE já tinha dado nota em 2021 e que continua por resolver, para desagrado dos moradores.
“É um cheiro intenso a esgoto que nem nos deixa abrir as janelas de casa. Chama ratos, melgas, não se suporta. Pedimos por favor que nos ajudem e resolvam isto”, apela Margarida Jesus, moradora do local. A munícipe diz já ter reclamado na junta de freguesia sobre o assunto, mas sem resultados. As águas do esgoto a correr a céu aberto são também consideradas como um perigo para a saúde pública. “Alguma criança pode andar por aqui ou lembrar-se de mexer nesta água. Tudo pode acontecer. É uma vergonha que isto continue todos os verões. Se a câmara não sabe como resolver isto mais vale ser honesta e dizer que não sabe”, acusa Pedro Josué, morador da Rua Fernando Pessoa, que também não consegue abrir as janelas de casa. “À noite e se estiver vento é para esquecer. Parece que vivemos ao lado da estação de tratamento de águas. É nojento”, acusa.
O volume de águas estagnadas na ribeira depende dos dias, mas quando chove os maus cheiros aliviam. Até o pequeno bar com esplanada próximo do local tem sido obrigado a fechar mais cedo porque ninguém consegue parar na rua com o cheiro pestilento.
Questionada por O MIRANTE, a Câmara de Vila Franca de Xira explica que a situação pode resultar de obstruções no colector doméstico. Para colmatar essas anomalias, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento encontram-se num processo de renovação das redes de águas e saneamento, com especial enfoque na criação de redes separativas.
Nesse sentido, explica a câmara, está a decorrer a renovação integral da rede de saneamento na Rua Padre Américo, “que apresentava deficiências de funcionamento”. A obra encontra-se em curso e contempla a instalação de nova tubagem, a execução de ramais domiciliários e pavimento em calçada e betuminoso na área de intervenção num investimento aproximado de 200 mil euros. Trabalhos que deverão ficar concluídos em Agosto.

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