Quinta do Contador é o local ideal para criar mais habitação em Tomar
Executivo de Tomar afirma que cerca de 75% das habitações que vão ser disponibilizadas a custos controlados no concelho deverão ficar na zona da Palhavã, na Quinta do Contador.
A Estratégia Local de Habitação continua a ser tema nas reuniões de executivo de Tomar. Questionado sobre o assunto pelo vereador Tiago Carrão (PSD), Hugo Cristóvão explicou que a Quinta do Contador, em Palhavã, perto do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), está identificada como local para 75% da construção, percentagem que corresponde a 160 fogos num terreno cuja propriedade actual é de uma empresa. O vice-presidente refere estar previsto que os imóveis fiquem na propriedade do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), sendo que o organismo vai avançar com projectos próprios e conduzir a execução da obra no local em parceria com a autarquia.
Tiago Carrão quis saber sobre a exequibilidade da estratégia, tendo em conta o investimento necessário e os prazos estipulados, perguntando ao vice-presidente se existe um plano em execução. O autarca respondeu que têm existido reuniões entre técnicos do IHRU e técnicos municipais para alinhavarem questões técnicas e burocráticas, sendo uma problemática nacional, acrescentou. Hugo Cristóvão considerou que vários municípios enfrentam o desafio da habitação e de conseguir executar um grande volume de construção dentro dos prazos. No caso do município de Tomar está previsto investir cerca de 26 milhões de euros para a criação de mais de duas centenas de habitações, um projecto que, na sua opinião, é ambicioso tendo em conta os desafios que existem devido à falta de recursos humanos.
No Médio Tejo, região que envolve 13 municípios, incluindo o de Tomar, está previsto a construção ou reabilitação de 1.132 habitações destinadas a arrendamento acessível para famílias que não encontram resposta no mercado. O protocolo de cooperação, no valor de 148 milhões, foi assinado a 23 de Junho entre o IHRU e a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT). Na altura, Anabela Freitas, presidente da CIMT e da Câmara de Tomar, explicou que o investimento vai ser concretizado exclusivamente com verbas do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e insere-se numa estratégia da comunidade intermunicipal que assenta na promoção de condições de atractividade para o território.