Sociedade | 01-08-2023 12:08

Motoristas da Rodoviária de Lisboa paralisaram serviço em Vila Franca de Xira

Motoristas da Rodoviária de Lisboa paralisaram serviço em Vila Franca de Xira
Motoristas da Rodoviária de Lisboa paralisaram em Vila Franca de Xira lutando por melhores condições

Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, que estão afectos ao serviço da Carris Metropolitana, estão a lutar por melhores salários, actualização do subsídio de refeição e do tempo de paragem para almoço.

A maior parte dos autocarros da Rodoviária de Lisboa (RL) afectos ao serviço da Carris Metropolitana no parque da Marinha em Vila Franca de Xira ficou sem sair das instalações na manhã de terça-feira, 1 de Agosto, devido a uma paralisação dos motoristas.

Entre as 07h00 e as 12h00 os trabalhadores recolheram ao parque, não fizeram as carreiras previstas e reuniram-se em plenário para discutir, entre outras reivindicações, a actualização do subsídio de refeição e o tempo de paragem para almoço. Além de Vila Franca de Xira também houve plenários realizados em Santa Iria da Azóia, Bucelas, Caneças e Sacavém. As paralisações foram convocadas pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), que faz parte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

“A empresa pretende acabar com a refeição fora do local de trabalho onde estaria previsto com um valor apenas por refeição. A proposta que a empresa faz é inferior ao que os trabalhadores já auferem. Não é uma proposta de boa fé e legítima”, critica Paulo Machado, dirigente sindical do STRUP a O MIRANTE.

Em causa está a luta pelo aumento dos valores pagos pelo subsídio de refeição e a redução do intervalo de refeição de três para duas horas, o que significaria um aumento nos pagamentos aos motoristas.

Segundo o responsável há também motoristas a trabalhar 13 e 15 horas por dia ao invés das oito previstas, o que tem gerado revolta e desgaste em quem transporta passageiros.

“Temos também uma grande comunidade de trabalhadores brasileiros que se sentem defraudados com o que está a acontecer e os descontos que estão a ser feitos no recibo de salário. Há uma deturpação do que foi a intenção da empresa em contratar estes trabalhadores e o que tem sido aplicado”, critica Paulo Machado, notando também alegadas pressões para que os motoristas não gozem na plenitude as folgas a que têm direito havendo quem as esteja a acumular há várias semanas.

O MIRANTE contactou a RL sobre este assunto mas ainda não recebeu resposta. O STRUP já tem reunião marcada com o Ministro das Infraestruturas para dia 10 de Agosto às 15h00 onde irá transmitir as preocupações dos trabalhadores. Dos plenários poderão também vir a sair novas formas de luta. “Ou a empresa percebe hoje o que os trabalhadores exigem ou então isto será apenas o início e haverão novas medidas de luta. Não vamos ficar por aqui”, garante o sindicalista. A Rodoviária de Lisboa, recorde-se, opera em Loures, Odivelas, Vila Franca de Xira e parte do concelho de Mafra, agora envergando as cores da Carris Metropolitana.

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