Sociedade | 04-08-2023 12:00

Concurso para a remoção de resíduos da Fabrióleo já tem interessados

As instalações da Fabrioleo em Torres Novas onde está a ETAR que tem sido uma dor de cabeça para a população residente, autarcas e donos da fábrica

Há várias empresas interessadas em ficar com os trabalhos de remoção e tratamento dos resíduos da antiga fábrica de óleos usados. Concurso tem como valor base 702.830 euros mais IVA.

Lançado em Julho pela Câmara de Torres Novas, o concurso para a remoção, recolha, transporte e tratamento de resíduos da Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI) da Fabrióleo, antiga fábrica de transformação de óleos usados situada em Carreiro da Areia, conseguiu angariar empresas interessadas para a realização dos trabalhos. A informação foi dada na última reunião do executivo camarário pelo vereador com o pelouro do Ambiente, João Trindade.

“É bom sinal para que brevemente consigamos começar a remoção dos efluentes contidos na ETAR e na lagoa”, disse o vereador socialista em resposta ao munícipe António Gameiro que tomou a palavra para agradecer ao município por estar a resolver o problema ambiental, ainda que tardiamente, disse, da antiga fábrica que foi acusada durante anos de efectuar descargas poluentes para a ribeira da Boa Água, afluente do rio Almonda.

De acordo com informação da autarquia presidida por Pedro Ferreira o custo estimado dos trabalhos de remoção, recolha e transporte dos resíduos é de 702.830 euros, acrescido de IVA a 6%, prevendo-se que a sua execução ocorra na totalidade em 2023. O objectivo é assegurar o encaminhamento dos resíduos armazenados nos diversos tanques e lagoas localizados nas instalações da Fabrióleo para tratamento em destino final adequado, minimizando-se os danos que a permanência dos mesmos está a causar para os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, solo e população.
A Fabrióleo foi mandada encerrar pelo IAPMEI (Agência para a Competitividade e Inovação) em 2018 na sequência de um conjunto de denúncias e inspecções, num processo que se arrastou pelos tribunais. Sofreu várias contra-ordenações, uma das quais em Abril de 2021 pela APA, com uma multa de 400 mil euros.

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