Sociedade | 05-08-2023 21:00

40 famílias vivem em condições indignas em Abrantes

40 famílias vivem em condições indignas em Abrantes
Raquel Olhicas, vereadora da Acção Social na Câmara de Abrantes

No concelho de Abrantes estão identificadas 40 famílias que vivem em condições precárias. O município tem em marcha a Estratégia Local de Habitação e já adquiriu oito das 12 habitações a que se propôs para reabilitar e entregar a estes agregados. A última fica em São Facundo e custou 28 mil euros.

No concelho de Abrantes há pelo menos 40 famílias a viver em condições habitacionais indignas, seja por estarem numa situação de carência económica, precariedade, climatização inadequada ou de sobrelotação, neste último caso, quando uma habitação é insuficiente para a composição do agregado. É o caso de uma família de cinco pessoas, residente em São Facundo que depois de ter sido identificada pelos serviços municipais vai passar a ter uma habitação condigna que lhe será atribuída pela Câmara de Abrantes, no âmbito da Estratégia Local de Habitação.
A habitação, situada em São Facundo, vai ser adquirida pelo município presidido por Manuel Valamatos (PS) pela quantia de 28 mil euros, após o preço de referência e os metros quadrados da residência terem sido validados pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), explicou a O MIRANTE a vereadora com o pelouro da Acção Social, Raquel Olhicas, à margem da última reunião de câmara na qual foi aprovada a aquisição do imóvel que vai ser reabilitado.
De acordo com Raquel Olhicas, a maioria das 40 famílias a viver em condições indignas residem em perímetro urbano mas existem também situações em localidades mais rurais e isoladas como é o caso da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós e da freguesia de Fontes. “Na nossa Estratégia Local de Habitação temos como pressuposto adquirir 12 casas para reabilitar, porque a nossa máxima é reabilitar não apostar em edificar de raiz, e neste momento já adquirirmos oito e estão mais duas quase praticamente adquiridas. Pensamos que vamos atingir a 100% esta medida”, disse ao nosso jornal.
No caso do agregado familiar composto por cinco pessoas adultas, ao qual o município dá apoio alimentar através da entrega de cabazes, está a viver em “indignidade habitacional extrema”, sustenta a vereadora. Relativamente às outras duas habitações que estão em vias de ser adquiridas, explica que se vão destinar a duas famílias, também fora do perímetro urbano, e que já foram avaliadas devendo ser sujeitas à apreciação do executivo camarário dentro de um mês.
Raquel Olhicas referiu ainda que além das 40 famílias identificadas poderão existir mais a viver em condições indignas. “Não podemos conhecer as situações se as pessoas não vierem ao nosso encontro. Temos o apoio de todos os presidentes de junta de freguesia, fomos a todas as freguesias do concelho reunir e foi assim que conseguimos diagnosticar algumas necessidades que desconhecíamos”, disse.

11 milhões de investimento previsto

Além das 12 habitações a adquirir, a autarquia tem como meta a reabilitação de 16 fogos no bairro municipal, com o objectivo de melhorar o estado de conservação e as condições de conforto daquele parque habitacional. A Estratégia Local de Habitação de Abrantes, aprovada em Junho de 2021, enumera as necessidades e as potenciais soluções em matéria de acesso generalizado à habitação, e prevê um investimento de 10,9 milhões de euros para um período de cinco anos a aplicar na reabilitação do parque municipal de habitação, bem como na aquisição e reabilitação de fogos municipais para habitação com renda apoiada e apoio técnico e institucional à reabilitação e adaptação de habitações de famílias vulneráveis.

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