Sociedade | 06-08-2023 15:00

Oposição diz que unidade de saúde da Misericórdia de Tomar foi “empurrada” para a Barquinha

Oposição diz que unidade de saúde da Misericórdia de Tomar foi “empurrada” para a Barquinha
Comissão Política do PSD de Tomar acusa o executivo socialista que governa a câmara municipal de falta de proactividade. Foto PSD Tomar

Partido Social Democrata de Tomar diz que a maioria socialista “empurrou” a futura unidade de saúde da Santa Casa da Misericórdia de Tomar para o concelho de Vila Nova da Barquinha, perdendo assim um investimento de sete milhões de euros.

O acordo assinado entre a Santa Casa da Misericórdia de Tomar e o município de Vila Nova da Barquinha para cedência de terreno para instalação de uma nova unidade de saúde continua a dar que falar. A Comissão Política do Partido Social Democrata (PSD) de Tomar considera que a instalação de um complexo de saúde da instituição na Atalaia surge como “consequência directa da incapacidade e do impasse político de quem governa actualmente a câmara”, acrescentando que a maioria socialista pecou pela falta de diálogo, agilidade e proactividade na procura de uma resolução para o problema.
“A inércia da Câmara Municipal de Tomar, o desrespeito para com as necessidades e anseios de instituições de cariz social como a Santa Casa da Misericórdia, bem como a falta de visão estratégica para o desenvolvimento do nosso concelho, culminaram na fuga de um investimento de sete milhões de euros, mais de 70 postos de trabalho e, pior, na perda de uma infraestrutura de saúde vital para os cidadãos, em particular os mais idosos”, lê-se em nota de imprensa. O partido político sublinha que “não se revê nesta ausência de liderança e incapacidade de governação, como lamenta profundamente que a Santa Casa da Misericórdia de Tomar se tenha visto forçada a procurar outro concelho para instalar uma importante unidade de saúde”.
Recorde-se que, em Abril deste ano, o provedor da instituição, António Alexandre, tornou pública a possibilidade do complexo ir para outro concelho. Nessa altura, a presidente do município, Anabela Freitas confirmou que a hipótese estava em cima da mesa, mas acreditava que “construindo pontes e com diálogo, mais tarde ou mais cedo, se encontraria uma solução”. O certo é que o município e a instituição não chegaram a acordo quando ao encontrarem um local para instalar a unidade, e a Santa Casa de Tomar decidiu mesmo avançar com a ideia de levar a unidade para a Barquinha. Entretanto, Hugo Cristóvão, vice-presidente do município de Tomar, afirmou a O MIRANTE que não se pode olhar para esta questão com uma “visão bairrista”, uma vez que Tomar vai continuar a beneficiar da implementação desta nova unidade de saúde. O autarca recordou que a Misericórdia de Tomar foi intransigente na sua vontade em instalar a infraestrutura na zona das Avessadas, junto ao Instituto Politécnico de Tomar, num terreno que não é propriedade do município. “Não podíamos fazer mais nada”, disse a O MIRANTE.

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