Sociedade | 10-08-2023 13:31

Toxinfecção alimentar por broa de milho em Ourém e mais 10 concelhos

Toxinfecção alimentar por broa de milho em Ourém e mais 10 concelhos

É desaconselhado o consumo do produto após se registarem 187 casos de toxinfecção alimentar numa zona específica, que abrange os distritos de Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro. Autoridades estão a investigar a situação que pode estar relacionada com a farinha.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e a ASAE recomendaram esta quinta-feira, 10 de Agosto, o não consumo de broa de milho em Ourém, na sequência de vários casos de toxinfecção alimentar neste concelho e em outros dos distritos de Leiria Coimbra e Aveiro. Ourém é o único concelho do distrito de Santarém onde se detectaram casos e onde, para já, não é aconselhável consumir este produto.

Num comunicado conjunto, a DGS e a ASAE indica que nas últimas semanas foram detectados 187 casos suspeitos de toxinfeção alimentar associados ao consumo de broa de milho numa área específica do país. No distrito de Leiria as localidades afectadas são Pombal, Ansião, Leiria, Marinha Grande, Pedrógão Grande. No distrito de Coimbra há casos em Figueira da Foz, Condeixa-a-Nova e Coimbra) e no distrito de Aveiro as zonas afectadas são Ílhavo e Vagos.

“A broa de milho é, e deverá continuar a ser, um integrante da dieta dos portugueses. No entanto, neste contexto de suspeita de toxinfeção alimentar, é recomendável que se interrompa o consumo deste alimento nas áreas geográficas acima identificadas, enquanto decorre uma investigação por parte das autoridades competentes”, precisam a DGS e ASAE.

Aquelas duas entidades salientam que esta é uma medida preventiva e de caráter transitório, apelando à colaboração dos cidadãos “até que este alimento seja considerado seguro”.

A DGS e a ASAE referem que, no seguimento desta situação, foram implementadas medidas pelas autoridades competentes no sentido da restrição das matérias-primas utilizadas no fabrico da broa de milho que se suspeita estar envolvida, mantendo-se a monitorização desta ocorrência em permanência e em estreita articulação entre todos os envolvidos.

Segundo a ASAE e a DGS, os 187 casos, registados entre 21 de Julho e 9 de Agosto, apresentavam um quadro sintomático semelhante, principalmente secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular, tendo sido estes sintomas observados entre 30 minutos a duas horas após a ingestão de alimentos.

Na maioria dos casos verificou-se ausência da sintomatologia em poucas horas, com sintomas classificados como ligeiros, com apenas 43 dos casos suspeitos a necessitarem de cuidados hospitalares.

A ASAE e a DGS acrescentam que foi determinado a abertura de uma investigação epidemiológica, que se encontra em curso.

As duas entidades afirmam que, apesar da incerteza ainda existente, foi possível determinar que os afectados tinham em comum o consumo de broa de milho produzida e distribuída nos distritos de Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro, pelo que a suspeita da origem da toxinfeção pode estar relacionada com a farinha usada na confeção deste alimento.

“A Direção-Geral da Saúde e a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica implementaram todas as medidas definidas para conter esta toxinfeção e investigar a sua fonte, entre as quais a realização de análises ao alimento e matérias-primas, e a inspeção de operadores económicos para identificação dos lotes de matérias-primas utilizados”, frisam.

Aquelas duas entidades indicam ainda que “a não identificação, até à data, de casos noutros distritos ou regiões, sugere uma produção e distribuição regional do alimento suspeito (broa de milho) e das suas matérias-primas”.

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