Sociedade | 11-08-2023 12:00

“Podem chamar-me cachopa ou miúda à vontade, mas mentirosa não”

“Podem chamar-me cachopa ou miúda à vontade, mas mentirosa não”
Adriana Madeira tem 28 anos e há dois foi eleita presidente da Junta de Freguesia de Abitureiras

Adriana Madeira foi eleita presidente da Junta de Freguesia de Abitureiras (Santarém) aos 26 anos. Já era mãe, tinha experiência de trabalho e de dirigente associativa. Uma conversa, que também é um olhar sobre as novas gerações, a pretexto do Dia Internacional da Juventude, que se assinala a 12 de Agosto.

Já era mãe e tinha experiência de trabalho e de dirigente associativa. Reconhece que subsiste uma má imagem generalizada dos políticos mas sublinha que não são todos iguais e não admite que lhe chamem mentirosa. Diz que os jovens de hoje são demasiado mimados e consumistas, muito por culpa dos pais, e exorta-os a não deixarem morrer as colectividades e as tradições. Uma conversa que é também um olhar sobre as novas gerações a pretexto do Dia Internacional da Juventude, que se assinala a 12 de Agosto.

Adriana Madeira, 28 anos, não é propriamente o protótipo da juventude portuguesa do século XXI. Deixou os estudos no 12º ano para ir trabalhar, pagou a carta de condução e o primeiro automóvel com o seu dinheiro, foi presidente de uma colectividade aos 19 anos e mãe aos 23 anos, foi eleita presidente da Junta de Freguesia de Abitureiras aos 26 anos e afirma-se como uma rapariga do campo, avessa ao bulício da cidade.

Vive na sua terra natal, Abitureiras, com o marido e o filho e está como presidente da junta a tempo inteiro, depois de ter trabalhado durante alguns anos como administrativa. É militante do PSD desde os 18 anos por influências familiares e não tanto por gostar de política. Foi o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, quem a convidou, em 2021, para ser a candidata do PSD a presidente da Junta de Freguesia de Abitureiras, até então gerida pelo PS. Primeiro disse que não, por ter um filho pequeno, por estar a preparar o seu casamento no ano seguinte e por achar que uma população maioritariamente envelhecida não ia eleger uma “miúda”. Mas pensou melhor e acabou por alinhar na ideia porque gosta de desafios e porque, lá no fundo, estava convencida que não iria destronar o então presidente socialista.

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