Apoio para famílias em dificuldades gerou discussão entre autarcas de Tomar
Os apoios para famílias em dificuldade destinados à habitação foi assunto em reunião do executivo municipal de Tomar. Oposição critica falta de execução “das boas intenções”.
A verba de cerca de 300 mil euros reservada para “apoios diversos orientados para famílias com emergentes dificuldades financeiras”, devido à subida das taxas de juro referentes ao crédito à habitação, foi tema de conversa na reunião do executivo de Tomar, que se realizou na segunda-feira, 7 de Agosto. Vários municípios aplicaram soluções para dar resposta às dificuldades que as famílias atravessam no pagamento da prestação para habitação ao banco, no entanto, a oposição em Tomar diz que a autarquia não passou “das boas intenções” aos actos.
O vereador Tiago Carrão (PSD) afirmou que o município não apresentou nenhuma solução, pelo contrário, abriu uma rúbrica de 300 mil euros, que passou para os 100 mil e que actualmente está nos 20 mil euros, valor que considera insuficiente para ajudar famílias em dificuldades.
Anabela Freitas (PS), presidente do município, que vai deixar o cargo em Setembro para abraçar um novo projecto na Entidade de Turismo do Centro, disse que optaram pelo apoio à factura da água dos agregados familiares, medida que ainda não está operacionalizada com a Tejo Ambiente, a empresa que gere o sistema de abastecimento de água de seis municípios do Médio Tejo. O apoio, acrescentou, não vai incidir no primeiro escalão porque já usufruem de apoios sociais. Vai ser disponibilizado apenas para as famílias do segundo e terceiro escalão.
Tiago Carrão afirma que o propósito inicial da rúbrica é diferente e que o consumo de água não dita se uma família tem crédito à habitação. “Eu posso ter um crédito habitação neste momento altíssimo e provavelmente estarei a cortar no consumo de água para poupar e conseguir pagar o crédito. É lamentável que tenha perdido aquilo que era uma boa intenção, mas que não passou disso”, sublinhou.