Obras do mercado de Almeirim à espera que definam gestão do financiamento
O processo para requalificar o mercado municipal de Almeirim está pronto há bastante tempo.
Mas a câmara, que tem o financiamento garantido, não pode avançar com o concurso para a empreitada enquanto não for assinado o contrato de gestão dos fundos comunitários que transfere a competência da gestão de alguns projectos para a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.
As obras de requalificação do mercado municipal de Almeirim, onde vai ser instalada uma Loja do Cidadão, já têm projecto e financiamento europeu garantido, mas o concurso público para a selecção do empreiteiro tem estado parado e não pode avançar. A câmara tem todo o processo pronto, só que enquanto não for assinado o pacto de gestão dos financiamentos comunitários para a região a autarquia não pode fazer nada. Quem vai gerir o financiamento de projectos como o do mercado na zona da Lezíria do Tejo é a comunidade intermunicipal através de contrato com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo que aprova o financiamento.
O presidente do município, Pedro Ribeiro, acredita que o pacto que permite avançar com o processo de escolha do empreiteiro, que vai fazer a obra no valor de 3,5 milhões de euros, pode ocorrer em Setembro ou em Outubro. O que quer dizer que na melhor das hipóteses o início dos trabalhos só deverá ocorrer a meio de 2024. A requalificação do mercado vai permitir criar uma nova centralidade e movimento numa zona mais morta da cidade.
Desde que se começou a pensar em dar nova vida ao mercado que esteve sempre subjacente a ideia de criar no local novos serviços que pudessem atrair pessoas e assim também dinamizar o espaço de comércio. Primeiro colocou-se a hipótese de fazer uma área de actividades diversificadas com restaurantes e espaços de diversão e cultura. Pedro Ribeiro, que também é presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, acabou por desistir desta ideia após ter recolhido opiniões de cidadãos e comerciantes do mercado. Surgiu então a possibilidade de fazer uma Loja do Cidadão integrando vários serviços públicos.
Mantendo a fachada original, o projecto prevê a construção de um primeiro andar para albergar a Loja do Cidadão, mantendo-se o rés-do-chão como zona de comércio, com as bancas de venda ao centro. As lojas vão ter uma configuração diferente e vão ser também criados espaços para acessos ao primeiro andar.