Sociedade | 13-08-2023 07:00

Obras do mercado de Almeirim à espera que definam gestão do financiamento

Obras do mercado de Almeirim à espera que definam gestão do financiamento
Câmara de Almeirim tem financiamento garantido para obras de requalificação do mercado municipal mas processo está parado porque falta assinar contrato de gestão dos fundos comunitários

O processo para requalificar o mercado municipal de Almeirim está pronto há bastante tempo.

Mas a câmara, que tem o financiamento garantido, não pode avançar com o concurso para a empreitada enquanto não for assinado o contrato de gestão dos fundos comunitários que transfere a competência da gestão de alguns projectos para a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.

As obras de requalificação do mercado municipal de Almeirim, onde vai ser instalada uma Loja do Cidadão, já têm projecto e financiamento europeu garantido, mas o concurso público para a selecção do empreiteiro tem estado parado e não pode avançar. A câmara tem todo o processo pronto, só que enquanto não for assinado o pacto de gestão dos financiamentos comunitários para a região a autarquia não pode fazer nada. Quem vai gerir o financiamento de projectos como o do mercado na zona da Lezíria do Tejo é a comunidade intermunicipal através de contrato com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo que aprova o financiamento.
O presidente do município, Pedro Ribeiro, acredita que o pacto que permite avançar com o processo de escolha do empreiteiro, que vai fazer a obra no valor de 3,5 milhões de euros, pode ocorrer em Setembro ou em Outubro. O que quer dizer que na melhor das hipóteses o início dos trabalhos só deverá ocorrer a meio de 2024. A requalificação do mercado vai permitir criar uma nova centralidade e movimento numa zona mais morta da cidade.
Desde que se começou a pensar em dar nova vida ao mercado que esteve sempre subjacente a ideia de criar no local novos serviços que pudessem atrair pessoas e assim também dinamizar o espaço de comércio. Primeiro colocou-se a hipótese de fazer uma área de actividades diversificadas com restaurantes e espaços de diversão e cultura. Pedro Ribeiro, que também é presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, acabou por desistir desta ideia após ter recolhido opiniões de cidadãos e comerciantes do mercado. Surgiu então a possibilidade de fazer uma Loja do Cidadão integrando vários serviços públicos.
Mantendo a fachada original, o projecto prevê a construção de um primeiro andar para albergar a Loja do Cidadão, mantendo-se o rés-do-chão como zona de comércio, com as bancas de venda ao centro. As lojas vão ter uma configuração diferente e vão ser também criados espaços para acessos ao primeiro andar.

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