Oposição chumba alterações ao projecto da nova Biblioteca do Entroncamento
Autarcas da oposição votaram contra a aprovação de alterações ao projecto inicial de construção da nova Biblioteca Municipal do Entroncamento. Falta de abrangência do espaço é uma das razões para o voto contra.
Na reunião extraordinária de 4 de Agosto, o presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria, apresentou uma nova versão para o projecto da nova centralidade e construção de um novo edifício da biblioteca municipal. A proposta previa algumas alterações que não estavam presentes na versão original, como a inclusão e alteração de peças desenhadas e ajustes em mapas de medições.
Rui Madeira, vereador do PSD, realçou que a oposição reconhecia a importância e apoiava a construção de uma nova biblioteca para o concelho uma vez que considera que a actual não está vocacionada para os serviços expectáveis para uma biblioteca actual. O vereador da oposição esclareceu que, na sua visão, o espaço devia ser mais abrangente e incluir outras actividades que não só funções de repositório e empréstimo de livros tornando a biblioteca num espaço de aprendizagem e multi-funcional. A principal razão para o voto contra de Rui Madeira incidiu nos desenhos projectados para a largura da rua impedindo a sugestão apresentada há cerca de um ano pelo PSD, que pretende a criação de uma circular externa aos eixos centrais da cidade que permitisse o escoamento do tráfego proveniente da A23. Outras das razões prende-se com a forma como o projecto vai ser financiado.
Jorge Faria referiu que o novo edifício vai ter várias valências e que a obra só vai ser adjudicada quando o financiamento comunitário for totalmente aprovado, algo que ainda não aconteceu e que por isso mesmo não há uma noção de qual vai ser a percentagem de financiamento. O autarca destacou que se trata de um projecto distinguido e muito maturado que responde aos desafios de uma biblioteca moderna, com um investimento previsto a rondar os cinco milhões. O ponto foi reprovado com os votos contra dos três vereadores do PSD e do vereador eleito pelo Chega, agora independente, Luís Forinho.
Recorde-se que o projecto inicial procurou uma construção que articulasse os espaços e vias públicas da estrutura urbana, com o principal objectivo de consolidar a frente da Rua Elias Garcia e ocultar as traseiras do edificado existente. Nessa mesma rua vão ser criados 12 lugares de estacionamento e 74 lugares num parque subterrâneo, alguns dotados para pessoas de mobilidade reduzida e outros com carregadores para viaturas eléctricas. Prevê-se também a criação de uma área de paragem de autocarros na Rua Ferreira Mesquita. No projecto de construção do edifício destacam-se os elementos arquitectónicos sóbrios e modernos.