Sociedade | 22-08-2023 10:00

Oposição chumba alterações ao projecto da nova Biblioteca do Entroncamento

Oposição chumba alterações ao projecto da nova Biblioteca do Entroncamento
Rui Madeira, vereador do PSD na Câmara do Entroncamento

Autarcas da oposição votaram contra a aprovação de alterações ao projecto inicial de construção da nova Biblioteca Municipal do Entroncamento. Falta de abrangência do espaço é uma das razões para o voto contra.

Na reunião extraordinária de 4 de Agosto, o presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria, apresentou uma nova versão para o projecto da nova centralidade e construção de um novo edifício da biblioteca municipal. A proposta previa algumas alterações que não estavam presentes na versão original, como a inclusão e alteração de peças desenhadas e ajustes em mapas de medições.
Rui Madeira, vereador do PSD, realçou que a oposição reconhecia a importância e apoiava a construção de uma nova biblioteca para o concelho uma vez que considera que a actual não está vocacionada para os serviços expectáveis para uma biblioteca actual. O vereador da oposição esclareceu que, na sua visão, o espaço devia ser mais abrangente e incluir outras actividades que não só funções de repositório e empréstimo de livros tornando a biblioteca num espaço de aprendizagem e multi-funcional. A principal razão para o voto contra de Rui Madeira incidiu nos desenhos projectados para a largura da rua impedindo a sugestão apresentada há cerca de um ano pelo PSD, que pretende a criação de uma circular externa aos eixos centrais da cidade que permitisse o escoamento do tráfego proveniente da A23. Outras das razões prende-se com a forma como o projecto vai ser financiado.
Jorge Faria referiu que o novo edifício vai ter várias valências e que a obra só vai ser adjudicada quando o financiamento comunitário for totalmente aprovado, algo que ainda não aconteceu e que por isso mesmo não há uma noção de qual vai ser a percentagem de financiamento. O autarca destacou que se trata de um projecto distinguido e muito maturado que responde aos desafios de uma biblioteca moderna, com um investimento previsto a rondar os cinco milhões. O ponto foi reprovado com os votos contra dos três vereadores do PSD e do vereador eleito pelo Chega, agora independente, Luís Forinho.
Recorde-se que o projecto inicial procurou uma construção que articulasse os espaços e vias públicas da estrutura urbana, com o principal objectivo de consolidar a frente da Rua Elias Garcia e ocultar as traseiras do edificado existente. Nessa mesma rua vão ser criados 12 lugares de estacionamento e 74 lugares num parque subterrâneo, alguns dotados para pessoas de mobilidade reduzida e outros com carregadores para viaturas eléctricas. Prevê-se também a criação de uma área de paragem de autocarros na Rua Ferreira Mesquita. No projecto de construção do edifício destacam-se os elementos arquitectónicos sóbrios e modernos.

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