Sociedade | 22-08-2023 15:00

Trabalhadores da Sumol+Compal em Almeirim continuam insatisfeitos com administração da empresa

Trabalhadores da Sumol+Compal em Almeirim continuam insatisfeitos com administração da empresa
Funcionários mais antigos da Sumol+Compal, em Almeirim, consideram que empresa continua sem valorizar os anos de trabalho dos funcionários mais velhos

Os funcionários mais antigos da fábrica de Almeirim falam no acentuar de diferenças salariais que estão a prejudicar os que têm mais anos de empresa. O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Alimentar também diz que tem havido uma pressão dos chefes da unidade fabril para que os descontentes não façam muito alarido em relação às condições que pedem.

Os funcionários mais antigos da Sumol+Compal, em Almeirim, vão voltar à contestação, em princípio em Outubro, por considerarem que a empresa continua sem valorizar os anos de trabalho dedicados à empresa. O trabalhador da fábrica de Almeirim e dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIAC), Paulo Alexandre Fernandes, refere que os trabalhadores com mais anos de casa, que trabalhavam na empresa antes de esta ser comprada pela Sumol, estão a perder vencimento base em comparação com os que entraram mais recentemente.
Paulo Alexandre Fernandes refere que alguns chefes da fábrica de Almeirim tentam pressionar os trabalhadores no sentido de não falarem, nem de fazerem greve, sugerindo que os sindicatos não os estão a ajudar e falando que têm de pensar nos ordenados. O dirigente refere que as chefias da fábrica dão a entender que se fizerem greve isso pode ter influência negativa nas actualizações dos vencimentos. No entanto, reconhece, a empresa não tem essa filosofia e até tenta dar as melhores condições de trabalho e alguns benefícios.
O dirigente critica a postura da empresa em não valorizar o pessoal mais antigo, salientando que nas últimas actualizações dos ordenados base os trabalhadores há menos tempo na empresa tiveram aumentos superiores. Realça ainda que a diferença salarial entre os que têm mais de 15 ou 20 anos de empresa chega a ser de mais de 60 euros. Paulo Alexandre Fernandes diz que vai voltar a ser apresentado um caderno reivindicativo à empresa e que os trabalhadores estão determinados a lutar pelo nivelamento salarial uma vez que há pessoas que, refere o dirigente, estão na mesma secção, têm as mesmas funções e têm uma diferença de ordenado significativa.
Paulo Alexandre Fernandes realça que há uma década os trabalhadores ganhavam bastante acima do salário mínimo nacional, cerca de 200 a 300 euros, mas essa diferença, com o aumento do salário mínimo e a diminuição das actualizações salariais da empresa, tem-se esbatido e actualmente há quem esteja a ganhar pouco mais de 40 euros acima do mínimo.
A contestação na Sumol+Compal tem incidido sobretudo na fábrica de Almeirim e por vezes na unidade de Pombal. Em Almeirim a empresa tem duas centenas e meia de trabalhadores sendo que uma centena é de antes da compra da empresa pela Sumolis, que originou a Sumol+Compal. Os trabalhadores lutam também pela valorização das categorias profissionais, progressão na carreira, actualização do subsídio de turno fixo, actualização do pagamento de horas nocturnas. Já conseguiram o dia de folga no dia em que o trabalhador comemora o seu aniversário.

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