Sociedade | 23-08-2023 15:49

Enfermeira usa imagem do Presidente da República para criticar falta de ar condicionado

Enfermeira usa imagem do Presidente da República para criticar falta de ar condicionado

Unidade de Saúde Familiar de S. Domingos, em Santarém, tem sistema de ar condicionado avariado há anos. Director do Agrupamento de Centros de Saúde explica o que se passa

Uma enfermeira da Unidade de Saúde Familiar de S. Domingos, em Santarém, recorreu a uma imagem da televisão em que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, faz uma cara de admirado, para criticar a falta de ar condicionado nas instalações. Ana Rita Batalha mete uma imagem a dizer “hoje estão 40º em Santarém”, passando depois a outra imagem onde inscreveu “e sem AC na USF S. Domingos”.

Questionado o director do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria, a que pertence esta unidade, este explica que o sistema existente no edifício de S. Domingos é complexo e não tem sido possível repará-lo convenientemente. Hugo Santos refere que têm sido disponibilizados aparelhos de ar condicionado portáteis, mas reconhece que o edifício é grande e com as altas temperaturas não é possível arrefecer o espaço de forma eficaz.

Hugo Santos, em declarações a O MIRANTE, garante que a Administração Regional de Saúde está a tratar de adquirir mais equipamentos portáteis e que se prevê que em 2024, no âmbito do financiamento Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não só se vai resolver a questão desta USF como de todos os edifícios do agrupamento que não têm climatização.

Na publicação nas redes sociais, a enfermeira escreveu um texto com referência ao presidente: “Verdade Sr. Presidente #MarceloRebelodeSousa, veja só que situação impensável”. Depois diz que todos os dias às 8h00 abrem todas as portas e janelas e ligam as ventoinhas; “por voltas das 9h30 fechamos todas as portas e janelas e ligamos também os AC portáteis, mas por voltas das 11h30 já começamos a sentir fortemente o bafo do ar”.

A enfermeira acrescenta: “não podemos fechar as portas das salas enquanto atendemos os utentes (como mandam as boas práticas)”, realçando que passados cinco minutos todos dentro da sala começam a transpirar. A profissional, falando em nome dos colegas, diz: “não queremos reconhecimento pela resiliência e profissionalismo que há muito sabemos que temos, queremos mesmo é o respeito de nos resolverem o problema da climatização”.

Numa publicação anterior a enfermeira já tinha referido que a situação da falta de climatização já acontece há cerca de sete anos.

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