Sociedade | 27-08-2023 10:00

Moradores contra encerramento da passagem pedonal em Rossio ao Sul do Tejo

Moradores contra encerramento da passagem pedonal em Rossio ao Sul do Tejo
José Coutinho tem casa na rua das Lameiras desde o início dos anos dois mil e utilizava aquela passagem com frequência

Portão na Rua das Lameiras que permitia o atravessamento pedonal pela linha férrea foi encerrado. Decisão não agrada a quem ali vive porque, é alegado, as alternativas existentes não permitem acesso seguro e facilitado à zona de comércio.

Alguns moradores na Rua das Lameiras, na União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo, concelho de Abrantes, estão contra o recente encerramento de uma passagem pedonal que atravessa uma linha de comboio e levava aquela população até à zona do Carvalhal, local onde têm acesso aos serviços. A decisão de fecho do portão ali existente, construído para facilitar o acesso aquando da edificação de um muro de suporte para a linha de comboios e que permitia a travessia, surpreendeu os moradores que são na sua maioria idosos.
“As pessoas são idosas e precisam de ter uma passagem facilitada que permita aceder ao comércio, cafés e restaurantes. Além disso, a falta de segurança aqui não se coloca, nunca houve problema algum porque não transitam composições de comboios. Esta passagem era um direito que nos foi reconhecido, agora estamos isolados”, diz a O MIRANTE José Coutinho que vive naquela rua com a esposa, também idosa, e que tem mobilidade reduzida.
Perto do agora extinto local de acesso existem outras duas formas de atravessar a linha férrea, mas nenhuma serve o propósito nem agrada aos moradores por ficar mais distante e não dar acesso à zona de comércio, além de que, uma delas, trata-se de um túnel estreito onde não existe iluminação. “Não nos sentimos seguros a passar por aqui”, sustenta José Coutinho. O morador diz ainda que na rua das Lameiras, por onde passam diariamente dezenas de veículos pesados de transporte de mercadorias, não existem passeios obrigando os peões a refugiarem-se nas soleiras das portas das habitações se quiserem aceder ao túnel pedonal. O local do portão agora encerrado, pelo seu desnível em relação ao muro de contenção, era outro dos refúgios utilizados pelos moradores aquando da passagem de camiões e chegou a ser “refúgio seguro de pessoas e bens durante as cheias”.
O MIRANTE contactou a Infraestrututas de Portugal para tentar apurar o motivo que levou ao encerramento do portão que permitia a travessia, mas não obteve resposta até à data de fecho desta edição.

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