Consumo de broa de milho continua a ser desaconselhado em Ourém
DGS afirma que quando o consumo de broa de milho for seguro que avisará. A recomendação continua a ser "preventiva e provisória" para as áreas consideradas de risco, como é o caso de Ourém.
A recomendação de não consumo de broa de milho em Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro mantém-se e foram retiradas do mercado as matérias-primas envolvidas nos casos de toxinfecção, disse à Lusa a Direcção-Geral de Saúde. Segundo a entidade de saúde “foram identificadas e retiradas do circuito de produção as matérias-primas envolvidas nesta ocorrência, mantendo-se a avaliação sistemática da sua eventual presença, estando a ser implementadas todas as medidas consideradas adequadas para a gestão do risco”.
Recorde-se que entre 21 de Julho e 9 de Agosto já tinham sido detectados 187 casos suspeitos de toxinfecção alimentar associados ao consumo de broa de milho. Os doentes apresentavam um quadro sintomático semelhante, principalmente secura da boca, alterações visuais, tonturas, confusão mental e diminuição da força muscular. Estes sintomas surgiram entre 30 minutos a 2 horas após a ingestão de alimentos. Na maioria dos casos verificou-se ausência da sintomatologia em poucas horas, com sintomas classificados como ligeiros, com apenas 43 dos casos suspeitos a necessitarem de cuidados hospitalares.
A DGS informou que “existem apenas casos esporádicos de toxinfeção alimentar associada ao consumo deste alimento”, devido à “estratégia adoptada pelas autoridades competentes e à adesão às medidas por parte dos produtores e dos consumidores”. A recomendação continua a ser "preventiva e provisória" para as áreas consideradas de risco. “Não se confirma o envolvimento de produto estupefaciente na confecção da broa”, garantiu ainda a DGS.