Árvores do Jardim do Coreto na Chamusca vão ser abatidas
Presidente da Câmara da Chamusca adiantou que as árvores centenárias, situadas no jardim central da vila, estão em mau estado e vão ser substituídas por umas de maior porte para haver mais sombreamento. Vão existir outras alterações naquele espaço histórico.
As árvores que estão presentes há quase um século no Jardim da República na Chamusca, conhecido popularmente como Jardim do Coreto, vão ser abatidas naquele que é mais um procedimento no âmbito da requalificação urbana da vila. A informação foi transmitida por Paulo Queimado (PS), presidente do município, depois de uma questão colocada pela vereadora Gisela Matias (CDU) na última sessão camarária, que se realizou na terça-feira, 22 de Agosto, no salão nobre dos Paços do Concelho.
Paulo Queimado explicou que as árvores estão “ocas” e num estado que, na opinião dos técnicos, obrigam à sua substituição. O autarca informou que as árvores vão ser substituídas por umas de maior porte para haver mais sombreamento e que vão ser relocalizadas e retiradas da zona da calçada à portuguesa. O presidente referiu que o murete que existe na zona relvada do jardim vai ser retirado, a relva vai ficar à mesma altura da calçada e que as árvores deverão ficar nessa zona. Sobre a calçada à portuguesa Paulo Queimado garantiu que vai ficar como está sendo que vão aplicar um produto próprio para que não ganhe “verdete” como habitualmente acontece. Vão existir mais algumas alterações no jardim, nomeadamente na zona junto ao edifício do Partido Comunista Português, onde, possivelmente, deverão ser retirados um ou dois pilares e os ferros para implementar uma zona de acesso mais alargada tendo em conta que a circulação de trânsito rodoviário naquela artéria é mais movimentada.
O presidente da autarquia adiantou que as obras de requalificação urbana deverão estar concluídas até ao final deste ano sendo que as intervenções no Jardim da República vão ser as últimas a ser realizadas. O abate e a substituição de árvores na Chamusca tem gerado muita controvérsia entre alguns populares que quando foram abatidas as árvores junto ao quartel dos bombeiros voluntários, há cerca de um mês, publicaram dezenas de comentários nas redes sociais a mostrar a sua indignação e revolta com a opção da autarquia liderada por Paulo Queimado.
Ainda não há luz no jardim
Duas semanas depois de O MIRANTE ter dado conta de que o Jardim do Coreto está sem iluminação há meses, a situação permanece na mesma. O local continua a ser iluminado à noite por algumas luzes de candeeiros situados junto às habitações mas, mesmo esses, segundo os moradores com quem O MIRANTE conversou, não funcionam de forma constante. “Não é normal um espaço que foi sempre muito movimentado, e que faz parte da história da vila, estar no estado em que está, completamente ao abandono”, afirmou, pedindo para não ser identificado, um dos populares que utiliza diariamente o jardim.
Outra das pessoas ouvidas pelo nosso jornal falou na insegurança que existe para as crianças que brincam no jardim “completamente às escuras”. “Não se vê praticamente nada. O chão tem zonas com pedras de calçada soltas e altos e baixos. É muito fácil uma criança cair e magoar-se a sério”, alertou, acrescentando que os bancos do jardim também estão mal cuidados e muitas vezes sujos e em mau estado.