Sociedade | 02-09-2023 07:00

Munícipes foram à reunião de câmara de Alcanena e colocaram questões incómodas

Munícipes foram à reunião de câmara de Alcanena e colocaram questões incómodas
Luís Pires, ex-vereador do PS na Câmara de Alcanena

Mais de uma dezena de moradores da aldeia de Vale Alto marcaram presença na reunião de câmara de Alcanena, que se realizou na associação local, e colocaram um conjunto de questões incómodas ao actual executivo.

Luís Pires, ex-vereador da Câmara Municipal de Alcanena eleito pelo Partido Socialista, de 64 anos, foi uma das cerca de 15 pessoas que marcaram presença na última sessão camarária, que se realizou na segunda-feira, 21 de Agosto, para colocar algumas questões incómodas ao actual executivo. A sessão realizou-se no âmbito da descentralização das reuniões na Associação Recreativa e Cultural de Vale Alto. O ex-autarca colocou várias questões, mas a principal foi lamentar a escolha do nome a atribuir ao centro escolar ter recaído no professor Abílio Madeira Martins. O ex-vereador questionou o porquê da escolha incidir sobre um docente que nunca deu aulas naquele espaço, ao contrário de outros professores. Alexandre Pires, vice-presidente da autarquia, explicou que Abílio Madeira Martins não era “apenas o nome de um professor em Minde”, mas que representa “uma mais-valia para a vila” considerando-o um cidadão “benemérito de Minde”. Alexandre Pires afirmou estar estupefacto com a intervenção de Luís Pires uma vez que a escolha do nome para o referido estabelecimento de ensino tinha sido aprovado por unanimidade, em reunião de câmara, na altura em que o ex-vereador pertencia ao executivo de Fernanda Asseiceira. Luís Pires negou que isso tenha acontecido e exigiu que o vice-presidente, assim que possível, comprovasse a situação exposta.
Luís Pires quis saber ainda o porquê do município ter inaugurado o Largo Justino Guedes, em Minde, sem este ter as condições adequadas para utilização da população. O ex-autarca referiu que o largo tem falta de iluminação. Alexandre Pires confirmou que há um problema com a iluminação devido a um processo mal resolvido por parte da empresa que realizou a empreitada, assumindo, contudo, que a câmara também tem responsabilidade no processo. O autarca adiantou que em breve o problema ficará resolvido.
Outros populares usaram da palavra para demonstrar descontentamento, como foi o caso de Belmira Sabogal e de João Marques. O último desabafou pelo facto dos políticos utilizarem termos demasiado específicos que não são fáceis de entender por parte dos munícipes que assistem. O popular questionou o valor do investimento feito na requalificação do Largo Justino Guedes. Alexandre Pires esclareceu que foi realizado um investimento de 185 mil euros, valor que o morador considerou demasiado alto tendo em conta o resultado final da empreitada.

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