Munícipe alerta para degradação da zona ribeirinha de Benavente
Um cenário desolador. É desta forma que Gaspar Lourenço classifica o actual estado da zona ribeirinha de Benavente. Lixo, degradação de equipamento e mau uso são algumas das queixas. Câmara de Benavente mostra-se solidária com as preocupações mas sublinha falta de recursos humanos.
O estado da zona ribeirinha de Benavente foi alvo de críticas por parte de Gaspar Lourenço, frequentador assíduo daquela zona. Segundo o munícipe, que foi mostrar o seu descontentamento na última sessão camarária, é desolador a forma como ao longo dos anos tem sido dinamizado, mantido e preservado aquele espaço. O que é proposto aos visitantes no panfleto publicitário da entidade de turismo do Ribatejo não corresponde ao que se vê no terreno, sublinha. De acordo com o munícipe pouco se investiu ao longo de duas décadas para tornar o espaço diferente e atractivo e o que se investiu foi em coisas sem fundamento. “A pista de pesca não tem ligação à zona ribeirinha. Fizeram duas pistas de petanca que nunca vi ninguém usar. Os carros não têm barreiras e continuam a aceder ao espaço e a fazer lixo. De noite a picaria vira uma pista para fazer peões”, enumera. Ainda segundo Gaspar Lourenço a placa identificativa do parque ribeirinho não existe e no seu lugar está um pedaço de madeira danificada. Nas margens do rio os troncos de árvores estão partidos e os salgueiros estão doentes.
A Câmara Municipal de Benavente mostra-se solidária com as preocupações e admite falta de manutenção devido aos poucos recursos humanos que tem disponíveis para fazer face a algumas lacunas. A vice-presidente da autarquia, Catarina Vale (CDU), comprometeu-se a pedir aos funcionários para arranjar a placa identificativa e a reparar alguns estragos decorrentes das cheias.
Quanto à pista de pesca, a autarca afirma que está a ser estudado um projecto na divisão de desporto do município para a criação de rotas pedestres, que incluem passadiços, e que uma delas liga a zona ribeirinha à Vala Nova. Mas só avança quando existirem fundos comunitários. As pistas de petanca, segundo explicações do vereador Hélio Justino, foram pedidas por um grupo de 15 elementos que representam o município em torneios fora de portas.
Projecto para remover jacintos na gaveta
A prometida solução para remover os jacintos de água do Rio Sorraia nos concelhos de Benavente e Coruche continua dependente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Desde pelo menos 2019 que a APA tem o projecto na gaveta e que ainda não é conhecido. Em Fevereiro deste ano, em declarações a O MIRANTE, o vice-presidente da APA, José Pimenta Machado, disse que não garantia a solução no Verão deste ano. Na altura o responsável afiançou que continuava a ser construída uma solução com Coruche e Benavente. O que é certo é que nada avançou no terreno e Catarina Vale admite que tem sido difícil chegar a uma solução. “A APA tinha falado de um estudo com um projecto financiado a decorrer, mas até à data não sei de mais nada. Vamos pressionar”, disse em declarações ao nosso jornal.