Sociedade | 09-09-2023 10:00

PJ tem equipas no terreno a investigar origem de incêndios como os de Ourém

PJ tem equipas no terreno a investigar origem de incêndios como os de Ourém
Concelho de Ourém conta este ano com mais de 60 ignições

A Polícia Judiciária de Leiria afirma que tem todos os dias equipas a investigar a origem dos incêndios, nomeadamente em Ourém e Leiria, dois concelhos muito fustigados pelos fogos. Este ano já houve várias detenções.

O director do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Judiciária de Leiria, Avelino Lima, adiantou à Lusa que todas as ignições que são identificadas pela equipa do Ambiente da Guarda Nacional Republicana como causa humana - dolosa ou não -, são investigadas pelos inspectores. “Todos os dias temos elementos no terreno e tudo o que nos é reportado com relevância é investigado. Mas uma coisa é o que se diz e outra é o que se demonstra com prova. É preciso validar e este é um crime difícil de investigar. Raramente são deixados vestígios e quando existem são, na maioria das vezes, danificados pelo fogo”, reforçou Avelino Lima.
O director admitiu que possam existir incêndios que resultam de mão criminosa, mas salientou há que também que perceber situações de “negligência, falta de limpeza dos terrenos e desordenamento da floresta”. Avelino Lima destacou ainda que mesmo o fogo negligente é “criminalmente punível”. “Se houver indícios fortes e provas não teremos qualquer problema em deter os suspeitos, como tem vindo a suceder”, acrescentou.
Sem revelar o número de inquéritos que os inspectores têm em mãos, o responsável lamentou que os concelhos de Leiria e Ourém estejam a ser muito fustigados pelo fogo, mas frisou que a PJ de Leiria tem à sua responsabilidade 24 concelhos e há outros que também têm sofrido com os incêndios. “Se houver indícios ou suspeitas possíveis de serem investigadas, informem-nos”, pediu.
Recorde-se que o presidente da Câmara de Ourém, Luís Albuquerque, afirmou recentemente que 60% das ignições no concelho são de origem criminosa, num 2023 que conta já com mais de seis dezenas de ignições. “É necessário aumentar a vigilância da floresta e colocar mais meios no terreno para ver se conseguimos identificar os criminosos que têm feito este serviço”, sublinhou o autarca. Nos últimos dias de Agosto a PJ deteve um homem de 30 anos por ser suspeito da autoria de três incêndios florestais ocorridos uma semana antes, na freguesia de Fátima.

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