Elisete Gomes, mulher de Sérgio Carrinho, indigna-se nas redes sociais por causa das obras na sua rua
Nas redes sociais, a mulher do ex-presidente da Câmara da Chamusca, Elisete Gomes, desabafou o desânimo por viver numa rua com obras intermináveis e que limitam a vida de Sérgio Carrinho, que tem graves problemas de mobilidade.
Caixa de comentários teve muitas mensagens de solidariedade, com excepção de Joaquim Garrido, presidente da assembleia municipal, que respondeu a uma das publicações com ironia.
O estado caótico em que está a vila da Chamusca por causa das obras de requalificação urbana tem motivado várias queixas por parte de populares, sendo que as mais recentes foram da mulher do ex-presidente de câmara, Sérgio Carrinho, que geraram muita agitação nas redes sociais. Elisete Gomes desabafou e mostrou a sua indignação por estar há mais de um ano com a rua da sua casa, situada nas traseiras da Unidade de Cuidados Continuados (antigo hospital), num cenário de guerra.
Aparentemente as intervenções que têm sido realizadas são para mudar condutas e melhorar o saneamento, mas quando os buracos são tapados pela empresa responsável pela obra, pouco tempo depois voltam ao mesmo devido à passagem dos veículos ou por causa da chuva. “Quem tem mobilidade reduzida é muito mau ir aos saltos (…) Só quando se está nas situações se sente as dificuldades”, desabafa, numa alusão ao facto do seu marido, de 74 anos, que foi durante mais de três décadas presidente da autarquia, estar numa cadeira de rodas e ter limitações em sair de casa com a rua naquele estado.
A caixa de comentários da página de Elisete Gomes encheu-se de comentários favoráveis e solidários à sua situação, muitos deles confessando que sofrem diariamente dos mesmos constrangimentos, outros que já levaram várias vezes o carro à oficina para ser arranjado por causa da passagem por locais de obra, entre outros. “Nunca vi projecto tão mal elaborado tecnicamente. Não encontro curva devidamente calculada e implantada (…)”, refere um dos comentários.
Quem não se mostrou solidário e, inclusive, comentou a situação num tom irónico foi Joaquim José Garrido, presidente da Assembleia Municipal da Chamusca, eleito pelo Partido Socialista. “É tão engraçado. Se se faz é porque se faz. Se não se faz é porque não se faz”, disse.
Recorde-se que a oposição ao executivo de maioria socialista, presidido por Paulo Queimado, também referiu em sessão camarária que a vila está num “estado caótico” e pediu um esclarecimento sobre a data-limite para o fim das obras. Paulo Queimado adiantou que está previsto os trabalhos terminarem no final deste ano, mas o mais provável é que depois ainda exista muito trabalho pela frente para reparar o que não foi bem feito. Nas redes sociais várias pessoas têm partilhado algumas das intervenções para criticar o facto do município ter optado por descaracterizar o centro da vila, afirmando, alguns deles, que já não conhecem a vila onde nasceram.