Juiz Carlos Alexandre foi a Mação criticar a Justiça
Carlos Alexandre regressou a Mação e abriu o livro para criticar muitas lacunas na Justiça e confessar mal-estar por ter sido “colocado” num gabinete no Tribunal da Relação. O juiz participou no segundo Encontro Internacional de Solidariedade Intergeracional.
O juiz participou no segundo Encontro Internacional de Solidariedade Intergeracional, que se realizou em Mação, e partilhou o painel com a ex-Procuradora Geral da República, Joana Marques Vidal.
Alguns dias depois de deixar o Tribunal Central de Instrução Criminal e ficar a saber-se que vai tomar posse no Tribunal da Relação de Lisboa o juiz Carlos Alexandre regressou à terra natal, em Mação, e não deixou nada por dizer acerca de vários assuntos relacionados com a Justiça, nomeadamente a nova lei da droga, o tempo de prisão preventiva, que considera curto, o adiamento de centenas de milhares de processos, entre outros temas. O superjuiz, como é conhecido por muitos, não escondeu ainda o mal-estar pelo facto de agora o seu dia-a-dia de trabalho ser confinado num gabinete. “Não vou fazer mais interrogatório nenhum, a não ser extraditado. Já me disseram ‘vá lá para o seu gabinete e espere que os processos lá hão-de ir ter’. Sim, porque há 150 magistrados no Tribunal da Relação de Lisboa e só há 50 e poucos gabinetes. Pedi o favor de me atribuírem um gabinete porque não aguentava sair de 10 ou 12 horas de trabalho e ter de ficar em casa à espera que viesse a carrinha da ronda”, afirmou, roubando vários sorrisos às várias dezenas de pessoas que assistiram à sua intervenção.