Sociedade | 16-09-2023 15:00

Associação de Mouriscas recebe 2.600 euros para garantir médico na extensão de saúde

Associação de Mouriscas recebe 2.600 euros para garantir médico na extensão de saúde
Utentes de Mouriscas têm um médico ao serviço desde 1 de Setembro depois de a extensão de saúde ter ficado sem médicos no final de 2022. fotoDR

Município de Abrantes vai completar o apoio atribuído pela administração central à ACATIM dando à associação 2.600 euros para garantir um médico em Mouriscas até 31 de Dezembro. O facto de 20% do montante ficar para a associação e de o acordo terminar no final do ano não agradou à oposição.

A Câmara de Abrantes aprovou na última reunião pública do executivo a atribuição de 2.600 euros à Associação Comunitária de Apoio à Terceira Idade de Mouriscas (ACATIM), para que a instituição, no âmbito do projecto Bata Branca, assegure a manutenção de um médico na Extensão de Saúde de Mouriscas até 31 de Dezembro.
A proposta visa complementar o acordo de cooperação celebrado entre a Administração Central do Sistema de Saúde e a ACATIM, através do qual esta entidade se compromete a assegurar a prestação de cuidados de saúde primários aos utentes inscritos na Extensão de Saúde de Mouriscas. Além da verba atribuída pelo município, que se traduz em 10 euros por hora, dos quais oito euros são para o médico e dois euros para “apoio aos custos administrativos” que a ACATIM tem com o projecto, esta associação vai receber 27 euros por hora para um total de 10 horas semanais durante a vigência do acordo.
Embora tenha votado favoravelmente a proposta o vereador do movimento Alternativacom, Vasco Damas, considerou “exagerado” o município destinar 20% do apoio a custos administrativos da ACATIM uma vez que a Extensão de Saúde de Mouriscas tem o seu próprio apoio administrativo. Um montante que o presidente do município, Manuel Valamatos, disse considerar justo porque a ACATIM vai ser responsável pela gestão administrativa do médico contratado.
Entre as dúvidas expostas por Vasco Damas está também o número de horas de consultas, o facto de se ter optado por um médico e não por dois, como estava previsto, e o acordo vigorar apenas até final deste ano. Em resposta, a vereadora com o pelouro da Saúde, Raquel Olhicas, referiu que o médico que está a dar consultas através do projecto Bata Branca desde 1 de Setembro era inicialmente para ter sido contratado pelo regime excepcional para clínicos aposentados, mas tal não veio a acontecer porque o mesmo não aceitou o número de horas (20 ou 30) de consultas por semana. “Não é uma solução ideal mas é uma solução de recurso”, disse a vereadora, sublinhando que estava previsto o projecto Bata Branca ter iniciado em Julho, daí o apoio contar a partir desse mês até Dezembro, mas houve atrasos devido a burocracias.
Raquel Olhicas salientou ainda que quem contrata os médicos é o Ministério da Saúde e que não é a autarquia a tomar essa decisão ou a optar por um médico em detrimento de outro. Esclareceu também que podem recorrer ao serviço todos aqueles que precisarem de cuidados médicos sendo, no entanto, dada prioridade aos utentes de Mouriscas.
Relativamente à durabilidade do projecto, a vereadora referiu que a intenção é que o Bata Branca possa ter continuidade. Sobre o mesmo assunto o presidente do município vincou que a ideia é que “o projecto não termine em Dezembro e se possa replicar com outras instituições e responder a outras zonas do concelho”, acrescentando que além do Bata Branca “há outras negociações que estão a ser feitas” com o Ministério da Saúde e profissionais aposentados que podem vir a ser contratados de futuro através de outros programas.

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