Sociedade | 16-09-2023 07:00

Casal vendia droga no Entroncamento em casa e nos espaços públicos

Um casal que vivia no Entroncamento vendeu droga durante cerca de dois anos em casa e junto à igreja e ao ringue desportivo, além de outros locais na cidade.

Foi apanhado em escutas telefónicas e em vigilâncias da polícia e agora, três anos depois da acusação do Ministério Público, que teve o processo em fase de investigação outros três anos, os arguidos de 33 e 35 anos de idade estão a ser julgados.

Um casal que vivia no Entroncamento está a ser julgado por traficar droga na sua habitação, mas também junto à igreja da cidade, ao mercado e ao ringue desportivo. Ele com 33 anos e ela com 35 anos estão acusados de venderem entre Junho de 2017 e Julho de 2019 doses individuais de heroína e cocaína por preços entre os 10 e os 20 euros e canábis, cujo valor variava entre 5 e 10 euros. Os consumidores encomendavam as doses na generalidade pelo telefone em conversas codificadas para iludirem as autoridades, mas a estratégia não evitou que fossem descobertos e apanhados. Há consumidores que gastaram milhares de euros em droga, nalguns casos em poucos meses.
Diz o Ministério Público que os arguidos não tinham qualquer ocupação e que viviam dos lucros da venda de droga incorrendo numa pena que no mínimo pode ser de quatro anos de prisão. Os compradores combinavam por telefone as quantidades e os locais de entrega usando expressões como “dá para falar 5 ou 10 minutos”, para se referirem à quantidade de droga que pretendiam. Para saberem se havia droga disponível para adquirirem, os consumidores perguntavam: “tá-se bem?”, ao que os arguidos respondiam “joga o Sporting”, para dizerem que tinham produto ou referiam-se ao Benfica para indicar o contrário.
A investigação descreve os percursos e hábitos dos consumidores, como um que durante cinco meses comprava heroína e cocaína duas vezes por dia pagando 10 euros por cada dose, ou seja, no global, cerca de três mil euros. Outros gastaram dois mil euros em ano e meio. Havia outros que compravam uma, duas ou três vezes por semana ou na residência do casal ou junto ao mercado do Entroncamento. A investigação refere que o casal era contactado a qualquer hora do dia ou da noite.
O homem tem 33 anos e à data em que se iniciou a investigação tinha 27 anos. Ela é dois anos mais velha. Ambos viviam em união de facto sendo que ele é natural de Abrantes e ela do Cartaxo, concelho onde vivem actualmente. O julgamento tem 44 testemunhas, dos quais oito são polícias que estavam afectos à esquadra do Entroncamento e os restantes são consumidores que adquiriram droga aos arguidos acusados, em co-autoria, de tráfico de estupefacientes. Crime previsto no Decreto-Lei n.º 15/93, de 22 de Janeiro e que é punido com pena de prisão de 4 a 12 anos.

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