Sociedade | 20-09-2023 07:00

Um pastor da Parreira que divide o seu tempo entre as ovelhas e a agricultura

Um pastor da Parreira que divide o seu tempo entre as ovelhas e a agricultura
Manuel Lourenço Lopes, com a esposa Maria Augusta, tem um rebanho de 15 ovelhas mas já chegou a cuidar de 2.500 ovelhas

Manuel Lourenço Lopes, natural da Parreira, concelho da Chamusca, comanda um rebanho com 15 ovelhas, mas já chegou a ser pastor de mais de 2.500 cabeças. Aos 76 anos divide o seu tempo entre o gado e a quinta onde cultiva vários alimentos para partilhar com a família e amigos.

Manuel Lourenço Lopes é um homem de outros tempos que não tem problemas em afirmar que se perderam muitos princípios e valores desde a sua infância e adolescência. Natural da Parreira, onde sempre viveu, dedicou toda a sua vida à agricultura e ao gado tendo sido pastor de mais de 2.500 cabeças quando trabalhou para a Sociedade Agrícola da Perna Molhada. Actualmente com 76 anos, entretém-se a comandar um pequeno rebanho de 15 ovelhas num terreno que é seu e que fica à beira da estrada naquela aldeia do concelho da Chamusca.
A conversa com O MIRANTE surgiu por causa de uma situação que considera lamentável e que não deveria acontecer nos dias de hoje. Duas das suas ovelhas morreram e durante mais de cinco dias permaneceram no local à espera que a associação responsável pela recolha de cadáveres de animais as fosse buscar. O agricultor ligou para a instituição no dia seguinte mas, alegadamente por falta de transportes, segundo o próprio explicou ao nosso jornal, só realizaram a recolha cinco dias depois. O assunto ficou resolvido, mas a situação provocou muitas contrariedades, como maus-cheiros não esquecendo que se poderia ter gerado um problema de saúde pública, lamentou.
Casado há várias décadas com Maria Augusta começou a fazer a sua própria exploração de gado há cerca de 25 anos para ajudar o seu sogro que tinha uma empresa. A partir daí, as ovelhas passaram a ser a sua principal companhia durante o dia. “Hoje em dia ninguém quer andar atrás do gado. É uma profissão que é precisa, mas que é muito dura fisicamente. Infelizmente temo que um dia venha a desaparecer”, afirma em conversa com O MIRANTE.
Manuel Lourenço Lopes afirma que, embora já sinta o peso da idade, não é capaz de estar parado. Por volta das sete da manhã já anda a cuidar das ovelhas e da sua horta, que contém produtos essencialmente para consumo próprio e dos seus familiares e amigos. Manuel Lourenço Lopes cultiva batatas, tomate, couves, feijão, cebolas, entre outros alimentos.

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