Relato dos momentos agonizantes de idosos esfaqueados no Porto Alto
Testemunha ouvida no primeiro dia do julgamento de Tânia Ferrinho contou que encontrou a mãe da acusada deitada sob uma poça de sangue a tentar arrastar-se para debaixo de uma cama. Julgamento da mulher transgénero já começou.
No primeiro dia do julgamento de Tânia Ferrinho, a mulher transgénero de 43 anos acusada de ter matado os pais à facada no Porto Alto, concelho de Benavente, uma das testemunhas ouvidas no Tribunal de Santarém relatou os momentos agonizantes vividos pelos pais depois de terem sofrido várias facadas no corpo. As vítimas, Carlos e Maria Cristina Ferrinho, faleceram dois e três meses após o crime ocorrido a 10 de Outubro de 2022, no primeiro caso devido aos ferimentos causados pelas 17 facadas que levou.
A testemunha, um homem que estava a realizar obras num dos apartamentos do prédio, contou que depois de ouvir gritos desceu as escadas e encontrou Carlos Ferrinho no hall do prédio “a sangrar muito”. Nesse momento encontrava-se no local um vizinho, também ouvido nessa primeira audiência, tendo o trabalhador ido buscar toalhas numa tentativa de estancar as várias hemorragias. “Estava em choque o senhor, não tinha reacção; havia muito sangue”, afirmou.