Já dá para ir a pé da Póvoa de Santa Iria ao Parque das Nações
Parte do percurso ribeirinho em Loures fica submersa com marés mais elevadas, o que tem gerado queixas da comunidade. Autarcas de Vila Franca de Xira falam em momento simbólico importante para a mobilidade na região.
Quem vive no concelho de Vila Franca de Xira já pode ir a pé ou de bicicleta desde o Forte da Casa e Póvoa de Santa Iria até ao Parque das Nações, em Lisboa. O percurso abriu ao público a 7 de Setembro mas parte do traçado de Loures tem merecido criticas da comunidade porque, em alguns dias, fica parcialmente inundado com as marés altas.
O traçado atravessa boa parte dos terrenos que foram utilizados durante a Jornada Mundial da Juventude e inclui a passagem pela nova ponte sobre o rio Trancão. Ao todo, entre a Póvoa de Santa Iria e o Parque das Nações são seis quilómetros de passadiços que custaram ao município de Loures 13 milhões de euros, dos quais dois milhões foram suportados por fundos comunitários. Os técnicos do município de Vila Franca de Xira colaboraram tecnicamente para unir os dois percursos e ajudaram Loures no processo de desenvolvimento.
“É mais um passo decisivo na aproximação das pessoas ao rio privilegiando a mobilidade suave, vida saudável e a fruição do cenário natural que agora se aproxima das pessoas”, defende Marina Tiago, vice-presidente de Vila Franca de Xira, concelho que foi pioneiro na concretização de caminhos pedonais na sua frente ribeirinha. “E vamos continuar com o prolongamento entre o Forte da Casa e Alverca”, lembrou a autarca.
Apesar das semelhanças com os percursos pedonais no concelho de VFX o traçado no concelho de Loures exigiu materiais diferentes na sua construção devido à presença do Itinerário Complementar 2 (IC2), empurrando a obra para a zona de sapal do rio. Foram usadas 4.612 estacas para criar os passadiços e ao longo do percurso existem dez pontes, 14 túneis de sombra, quatro pontos de observação de aves e estadia, plantadas 1.621 árvores e 41.420 arbustos. Algumas luminárias funcionam autonomamente com recurso a células fotovoltaicas.
Em obra, recorde-se, está também o percurso ribeirinho que atravessa a cidade de Alverca até ao Sobralinho, um investimento de seis milhões e meio integralmente suportados pelo município de Vila Franca de Xira, com um prazo de execução que aponta o final das obras para 2025 e tem uma extensão de 4,9 quilómetros.