Sociedade | 23-09-2023 21:00

Número de ninhos de vespa asiática tem aumentado na região do Médio Tejo

Número de ninhos de vespa asiática tem aumentado na região do Médio Tejo
David Lobato, comandante do Comando Sub-Regional da Protecção Civil do Médio Tejo

Protecção civil continua a receber alertas sobre a existência de novos ninhos de vespa asiática. David Lobato, comandante do Comando Sub-Regional da Protecção Civil do Médio Tejo afirma que se tem verificado um aumento no número de ninhos nos últimos anos e apela à população para colaborar com as autoridades na sua detecção.

Os alertas da população do Médio Tejo para a existência de ninhos de vespa asiática continuam a ocorrer com alguma frequência. A informação foi dada a O MIRANTE por David Lobato, comandante do Comando Sub-Regional da Protecção Civil do Médio Tejo. O responsável explica que, com o início de Outubro e a queda de folha, os ninhos ficam mais visíveis, o que contribui para o aumento de avistamentos. No entanto, a partir de Novembro acredita que a situação comece a ficar controlada devido ao frio, chuva e o vento ajudarem a destruir os ninhos.
Nos vários concelhos do Médio Tejo tem sido registado um aumento anual entre 20 e 25% do número de ninhos de vespa asiática. David Lobato diz que há registo de ninhos em todos os concelhos, mas que a situação é pior em Abrantes, Tomar, Ferreira do Zêzere, Mação, Entroncamento e Sardoal. O comandante refere que a presença de ninhos tem sido detectada, principalmente, em terrenos de cultivo ou zonas perto da população. David Lobato sublinha que é muito comum um ninho ser eliminado em determinado local e no ano seguinte ser avistado outro nesse mesmo local ou muito próximo.
Os alertas para a presença de ninhos vêm, na sua maioria, por parte da população que, segundo o responsável, é quem tem o papel mais importante na detecção. “Numa primeira fase a população informa as autoridades responsáveis, de seguida a Protecção Civil desloca-se ao local, verifica a espécie e após validação é feito o pedido de destruição da colónia a uma empresa que realiza esse serviço em todos os municípios do Médio Tejo”, explica David Lobato, acrescentando que anualmente são colocadas várias centenas de armadilhas por todo o território para a captura de vespas rainha que são as principais responsáveis pela formação de colónia.
O responsável do Comando Sub-Regional da Protecção Civil do Médio Tejo realça a importância de haver uma maior sensibilização sobre a espécie e apela que, sempre que se aviste um ninho, a população contacte as autoridades, mesmo em casos em que haja presença de insectos e não seja detectado o ninho. David Lobato alerta para que os residentes não tentem destruir ou mexer nos ninhos por iniciativa própria devido aos perigosos ataques da espécie, que actua em grupo, podendo resultar do seu ataque ferimentos graves ou, em casos extremos, a própria morte. Em caso de avistamento de ninhos ou presença de enxames devem ser contactados os corpos de bombeiros, os serviços municipais, o Comando Sub-Regional da Protecção Civil ou as juntas de freguesia existindo ainda a plataforma online “Stop Vespa”.

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