Santarém procura financiamento para continuar consolidação das encostas
As intervenções consideradas prioritárias nas encostas de Santarém custam 11 milhões de euros. O município não tem capacidade financeira para essas obras.
A primeira fase de consolidação das encostas de Santarém está praticamente concluída mas há outras barreiras na cidade a necessitar de intervenção para evitar os deslizamentos de terras que tantos prejuízos têm causado nas últimas décadas. O presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), voltou a referir-se ao tema, referindo na última reunião do executivo que são necessários pelo menos 11 milhões de euros para intervir nas encostas agora consideradas prioritárias, nomeadamente na estrada das Quebradas, na margem direita da ribeira de Alfange e na Ribeira de Santarém.
Trata-se de um montante avultado para o qual não tem encontrado linhas de financiamento quer do Governo quer da União Europeia, conforme o autarca constatou em reuniões que teve com o Ministério do Ambiente e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo. Ricardo Gonçalves apelou aos deputados eleitos pelo distrito de Santarém para que possam fazer ver ao ministro do Ambiente a necessidade de se conseguirem verbas no actual quadro comunitário de apoio, Caso isso não aconteça, só depois de 2030 poderá haver nova oportunidade de financiamento europeu para intervenção nas encostas.
A primeira fase da empreitada do Projecto Global de Estabilização das Encostas de Santarém foi adjudicada, pela Câmara de Santarém, à empresa Ancorpor – Geotecnia e Fundações Lda. Estava orçada em 5,8 milhões de euros e o financiamento da União Europeia rondou os cinco milhões de euros. A componente nacional foi assegurada em partes iguais pela Câmara de Santarém e Infraestruturas de Portugal.
A obra tinha um prazo inicial previsto de 780 dias e conclusão prevista para Maio de 2019. Só que os contratempos foram-se sucedendo e o prazo inicial da empreitada foi deslizando no tempo como deslizaram as terras encosta abaixo, em Agosto de 2014, que obrigaram a cortar a EN114 entre a cidade e a Ribeira de Santarém e a avançar com a empreitada de estabilização das barreiras.